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Vídeo mostra mulher alemã aparentemente morta sendo levada pelo Hamas

A mulher gravada sendo levada pelo Hamas foi reconhecida pela família como sendo Shani Louk Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

07/10/2023 23h40

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra uma mulher alemã, aparentemente morta, sendo levada na caçamba de uma caminhonete por integrantes do Hamas após o ataque do grupo em Israel. A família tem esperanças de que a mulher sequestrada esteja viva. Neste sábado (7), um ataque reivindicado pelo grupo Hamas deixou ao menos 300 mortos e 1.590 feridos em Israel.

O que aconteceu

A mulher foi reconhecida pela família como sendo a tatuadora Shani Louk, que tem aproximadamente 22 anos, segundo o jornal alemão Bild. A mãe de Shani, Ricarda Louk, gravou um vídeo falando que, na manhã de sábado, a filha foi "raptada por um grupo de terroristas no sul de Israel" enquanto estava em um festival de música eletrônica com o namorado. Shani e a mãe são da Alemanha, mas moram em Israel.

O vídeo que circula nas redes sociais mostra Shani com o rosto para baixo, as pernas tortas, usando sutiã e um short, com dreads no cabelo e aparentemente um sangramento na região da cabeça.

A mulher tem parte da cabeça segurada por um dos membros do Hamas. Os homens gritam e empunham as armas e um deles chega a cuspir sobre a cabeça de Shani, quando o carro sai e leva a vítima. A reportagem optou por não divulgar o vídeo em razão de a imagens serem fortes.

Winfried Gehr, tio de Shani, disse ao Bild que a sobrinha também organizava festivais de música com o namorado. "Eles organizavam festivais regularmente e viajavam por todo o mundo com eles." Não se sabe os detalhes de como q jovem foi sequestrada, nem se o namorado dela, que não foi identificado, também foi levado pelos membros do Hamas.

A família de Shani não recebe notícias dela desde que o Hamas iniciou os ataques em Israel. "Recebemos um vídeo onde pude reconhecer claramente nossa filha. Inconsciente, no carro com os palestinos enquanto eles entravam na Faixa de Gaza", diz a mãe da tatuadora. "Peço qualquer ajuda, qualquer notícia", implorou.

Diversos vídeos divulgados nas redes sociais mostram cidadãos e soldados israelenses sendo sequestrados pelo Hamas. Ainda não se sabe o número exato de pessoas sequestradas pelo grupo.

Os ataques

Um bombardeio contra Israel hoje deixou ao menos 300 mortos e 1.590 feridos, segundo serviços de emergência israelenses citados pela imprensa local. O início da ofensiva ocorreu por volta das 6h (0h de Brasília) deste sábado.

O grupo islâmico Hamas assumiu a autoria do ataque. Na contraofensiva de Israel, jornais locais da Faixa de Gaza dizem que mais de 200 palestinos foram mortos, enquanto 1.610 ficaram feridos.

O comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, informou que 5.000 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza. Sirenes de alerta de bombardeios soaram no sul e no centro de Israel, inclusive em Jerusalém.

"Vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza", informaram os militares de Israel sobre o ataque de homens armados, que segundo relatos atiraram em pedestres.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, anunciou que decidiu convocar reservistas e pediu aos cidadãos israelenses que sigam as instruções de segurança.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que o grupo islâmico palestino lançou uma "guerra" contra Israel. "Cometeu um grave erro", afirmou.

Este é o incidente mais grave desde que Israel e o Hamas travaram uma guerra de dez dias em 2021.

O ataque ocorre no momento em que Israel marca o festival judaico de Simchat Torá, celebrando a conclusão do ciclo anual de leituras públicas da Torá.

*Com informações da AFP, Al Jazeera, Reuters, Deutschwelle e The Times of Israel

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