Casal de Israel consegue esconder filhos antes de morrer em ataque do Hamas
Colaboração para o UOL*
09/10/2023 16h18
Um jovem casal israelense conseguiu salvar os filhos gêmeos, de 10 meses, escondendo-os antes de ser assassinado em ataque do Hamas.
O que se sabe:
Itay e Hadar Berdichevsky, ambos de 30 anos, esconderam as crianças em um compartimento oculto em um quarto da residência da família assim que ouviram a porta de entrada ser arrombada por homens armados. A informação é do jornal Daily Mirror.
O embaixador israelense na Colômbia, Gali Dagan, escreveu em um post no X (antigo Twitter) que Itay e Hadar "lutaram bravamente" antes de serem baleados e mortos durante o ataque a Israel, que deixou milhares de mortos.
Os bebês foram encontrados e resgatados por soldados israelenses após terem sido deixados sozinhos durante mais de 12 horas, escreveu Dagan, saudando Itay e Hadar como "heróis" que fizeram "tudo o que podiam para salvar os seus filhos".
Eles esconderam os filhos gêmeos, de 10 meses, em um esconderijo enquanto terroristas se infiltravam na sua casa. Os bebês ficaram sozinhos por mais de 12 horas até serem resgatados. Imagine o horror. Dois pais aterrorizados fazendo tudo o que podiam para salvar seus filhos, que agora estão órfãos. Abençoada seja a memória desses heróis.
Gali Dagan, embaixador de Israel na Colômbia
Guerra começou com ofensiva surpresa
O Hamas lançou uma ofensiva surpresa contra Israel no início da manhã de sábado, que incluiu o lançamento de foguetes e a infiltração de terroristas armados em território israelense. Segundo o grupo, 5.000 foguetes foram disparados. Israel alegou que foram 2.000 disparos.
Após o ataque, Netanyahu convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança e lançou uma operação contra o Hamas em Gaza. Ele disse que estava em guerra com grupo islâmico.
Netanyahu declara 'situação de guerra'
O gabinete de segurança de Israel informou que aprovou oficialmente, na noite de sábado, uma "situação de guerra" do país contra o Hamas.
O órgão disse que, com a aprovação, o governo israelense pode tomar "medidas militares significativas". Em comunicado publicado nas redes sociais, Israel disse que a situação foi aprovada com base no artigo 40 da legislação israelense, que permite que o primeiro-ministro ordene "ação militar significativa que pode levar, com um nível de probabilidade próximo do certo, à guerra".
Mas, apesar da declaração oficial, Netanyahu não pode tomar decisões sozinho. O artigo prevê que os atos do premiê sejam aprovados pelo gabinete de segurança antes de serem colocados em prática.
*Com informações da Reuters e da AFP