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Palestinos são mortos em ataques israelenses a campo de refugiados de Gaza

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/10/2023 09h16Atualizada em 09/10/2023 12h11

O Ministério da Saúde de Gaza disse que dezenas de palestinos foram mortos e feridos em ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabalia, localizada a 4 km ao norte de Gaza, nesta segunda-feira (9).

O conflito

O número de mortos subiu para 560, enquanto 2.900 ficaram feridos como resultado dos ataques israelenses em curso.

Até o momento, o ataque do Hamas e a reação israelense deixaram mais de mil mortos, segundo autoridades.

O conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas entrou no terceiro dia, com Israel reunindo mais de 100 mil soldados de reserva perto da Faixa de Gaza, território palestino de onde partiu o ataque de sábado (7), e determinando um "cerco completo" no local, com corte da eletricidade, de combustíveis e alimentos.

No início desta segunda-feira, Israel afirmou ter retomado "o controle total" das localidades atacadas no sul pelo Hamas. A declaração foi dada pelo exército israelense em uma declaração à imprensa.

O último balanço divulgado por Israel é de mais de 700 mortos no país. A informação é do jornal israelense The Times of Israel e da Reuters. Relatos não confirmados estimam que os mortos são mais de 800. Na Faixa de Gaza, autoridades locais falam em ao menos 413 civis mortos, incluindo 20 crianças. Segundo os porta-vozes dos dois lados, esses números ainda devem subir.

Um porta-voz dos militares israelenses, Jonathan Conricus, disse que o país reuniu 100 mil soldados da reserva perto de Gaza para o conflito. Atualmente, os soldados estão no sul de Israel. "O nosso trabalho é garantir que, no final desta guerra, o Hamas não terá mais qualquer capacidade militar para ameaçar os civis israelitas", disse ele, segundo a rede de televisão Al Jazeera. Durante a madrugada, o porta-voz do Exército israelense, Richard Hecht, afirmou que espera ter o controle total de Gaza até o fim do dia.

De acordo com o porta-voz, as tropas de Israel buscam os últimos combatentes do Hamas que se infiltraram no sul de Israel. Na noite de sábado, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel destruiu a "maior parte" dos "inimigos" que invadiu Israel. Porém, no domingo (8), um porta-voz do Hamas afirmou que o grupo extremista ainda atua em várias partes de Israel.

Enquanto isso, um alto funcionário do Hamas disse que o grupo mantém mais de cem pessoas em cativeiro —ainda não se sabe o número exato de pessoas sequestradas pelos extremistas durante o ataque. Segundo Mousa Abu Marzouk, oficiais israelenses do alto escalão estão entre os sequestrados (que também incluem idosos, crianças e mulheres). O número se soma a mais de 30 pessoas supostamente detidas pelo grupo Jihad Islâmica Palestina.

Irã nega envolvimento com ataques do Hamas. A missão do Irã na ONU afirmou em comunicado que não está envolvida "na resposta da Palestina" a Israel, após uma reportagem do Wall Street Journal dizer que autoridades de segurança iranianas ajudaram a planejar a ofensiva. O porta-voz Nasser Kanani diz que as acusações contra o Irã tem motivação política.

"Todo cidadão israelense conhece alguém que foi morto, sequestrado ou está desaparecido", disse a socióloga pernambucana Janine Ayala Melo à GloboNews. Ela atua no Batalhão de Infantaria de Reservistas do Exército de Israel. "A mãe de um amigo meu foi assassinada ontem [sábado] na casa dela. Os avós de um amigo meu estão desaparecidos, um deles com Alzheimer. Uma conhecida minha, que estudou comigo, está desaparecida."

Com informações da Reuters

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