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Porta-voz do Hamas diz que grupo ainda opera em várias áreas de Israel

Um porta-voz do Hamas afirmou neste domingo (8) que o grupo extremista ainda atua em várias partes de Israel após os ataques iniciados no sábado (7). A declaração contradiz o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que divulgou ontem que o exército do país destruiu a "maior parte" das forças inimigas que penetrou no território israelense.

O que aconteceu

Em discurso, Abu Ubaida, porta-voz das brigadas Izz ad-Din al-Qassam, o braço militar do Hamas, disse que os combates prosseguem em várias áreas perto da fronteira da Faixa de Gaza, como nas áreas de Zikim, Sufa e Mefalsim, no sul de Israel.

Ubaida afirmou que, neste domingo (8), o Hamas conseguiu levar um novo grupo de israelenses sequestrados para a Faixa de Gaza, segundo o site Times of Israel.

O grupo ainda divulgou que matou ou feriu um grande número de agentes de segurança israelenses em Mavki'im, perto da cidade de Ashkelon, também no sul do país. Eles informaram que conseguiram recuar a tropa, em segurança, da base de Urim, no sul, que abriga uma unidade de inteligência da FDI (Forças de Defesa de Israel).

O porta-voz ainda afirmou que membros do Hamas presenciaram casos em que as forças de Israel teriam matado vários prisioneiros israelenses presos pelo grupo. Segundo o Times of Israel, no entanto, o Hamas já teria feito declarações semelhantes anteriormente, que depois se revelaram falsas.

Em um comunicado, também neste domingo, o Hamas comparou a ajuda militar dos Estados Unidos a Israel a uma "agressão" contra os palestinos, depois de Washington ter começado a enviar material e aproximar sua força naval do país. "O anúncio dos EUA de que fornecerá um porta-aviões para apoiar a ocupação [de Israel] implica uma participação real na agressão contra nosso povo", declarou.

Netanyahu fala em destruição de 'maior parte' das forças inimigas

Ontem, na rede social X (antigo Twitter), Netanyahu afirmou que o país está "embarcando em uma guerra longa e difícil", alegando que a contraofensiva foi "imposta por um ataque assassino do Hamas".

"A primeira fase [da nossa ação] termina nestas horas com a destruição da maior parte das forças inimigas que penetraram no nosso território", informou o primeiro-ministro.

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O premiê também anunciou que, ao mesmo tempo, o exército israelense iniciou uma formação ofensiva, que "continuará sem reservas e sem tréguas" e prosseguirá "até que os objetivos sejam alcançados".

Anteriormente, em pronunciamento à nação, Netanyahu disse que o exército do país usará "toda sua força para destruir o Hamas" e determinou que todas as pessoas que moram na Faixa de Gaza saiam do local "porque iremos operar em todos os lados com força total". Ainda no sábado, o primeiro-ministro afirmou que o seu país "está em guerra contra o Hamas" e que o "inimigo pagará um preço que nunca conheceu".

Israel declarou oficialmente 'situação de guerra'

O gabinete de segurança de Israel informou neste domingo que aprovou oficialmente, na noite de ontem, uma "situação de guerra" do país contra o Hamas.

O órgão disse que, com a aprovação, o governo israelense pode tomar "medidas militares significativas". Em comunicado publicado nas redes sociais, Israel disse que a situação foi aprovada com base no artigo 40 da legislação israelense, que permite que o primeiro-ministro ordene "ação militar significativa que pode levar, com um nível de probabilidade próximo do certo, à guerra".

Apesar da declaração oficial, Netanyahu não pode tomar decisões sozinho. O artigo prevê que os atos do premiê sejam aprovados também pelo gabinete de segurança antes de serem colocados em prática.

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*Com AFP

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