OPINIÃO
Sakamoto: EUA e Israel anunciam migalhas a Gaza para ficarem bem no mundo
Colaboração para o UOL, em São Paulo
19/10/2023 11h05Atualizada em 19/10/2023 16h51
A abertura da passagem de Rafah para cerca de 20 caminhões que levam ajuda humanitária à Faixa de Gaza é uma medida para melhorar tanto a imagem de Israel para o resto mundo diante de sua negativa em interromper o cerco e os bombardeios quanto a imagem dos Estados Unidos, que vetou resolução do Conselho de Segurança para uma pausa no conflito e a criação de corredores humanitários. A avaliação é do colunista do UOL Leonardo Sakamoto, que considera o anúncio uma "migalha" perto das necessidades de uma população devastada pela guerra.
Conversei com duas fontes, uma em Rafah e outra na Faixa de Gaza, que trabalham em ONGs e atuam na área de saúde. Uma delas me confirmou que há uma fila de mais de cem caminhões com mantimentos, água potável e medicamentos que não podem passar. Vão atravessar 20, mas isso é migalha para o governo de Israel ficar bem diante do mundo. Eu acrescento que é para EUA e Israel ficarem bem diante do mundo. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto condenou a intransigência de Israel sobre a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza. O colunista ainda explicou o dilema do Egito, que reluta em abrir definitivamente sua fronteira e permitir a entrada dos refugiados em seu território. Há o temor egípcio tanto da entrada de membros do Hamas, de quem é adversário, quanto o refúgio permanente de palestinos que não consigam retornar para Gaza.
O que vemos, dia após dia, é um crime contra a humanidade que se sucedeu a um ataque terrorista. É uma situação difícil. Israel deveria liberar a saída de civis de outros países. O Egito deveria pensar em formas de receber uma parte dos refugiados palestinos, mas o que vemos é a entrada de insumos insuficientes. EUA e Israel anunciaram migalhas que não vão diminuir o sofrimento. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Josias: Lula lamentou não poder viajar ao Egito para reunião sobre guerra
Convidado pelo governo do Egito para participar de uma cúpula sobre a guerra entre Israel e Hamas, Lula lamentou não poder viajar ao Cairo por ainda apresentar limitações físicas após a cirurgia que fez no quadril, contou o colunista Josias de Souza. Ele elogiou a postura do presidente em relação à guerra entre Israel e Hamas, em contraste com declarações equivocadas no conflito entre Rússia e Ucrânia.
Desde que se submeteu à cirurgia no quadril, pela primeira vez Lula lamentou não estar com sua mobilidade 100% recuperada. Ele disse, em privado, que gostaria muito de participar dessa reunião no Egito, mas terá que mandar o chanceler Mauro Vieira. Deu-se algo muito diferente nesse conflito estre Hamas e Israel. O governo Lula ainda não é protagonista, mas deixou de ser figurante Josias de Souza, colunista do UOL
Sakamoto: Lula retomou ritmo de trabalho e volta ao Planalto semana que vem
Leonardo Sakamoto apurou que Lula deve voltar a trabalhar no Palácio do Planalto na próxima semana. O presidente se recupera bem de uma cirurgia no quadril, realizada no fim de setembro, e desde então tem despachado do Palácio da Alvorada. O colunista acrescentou que o petista ainda não pode viajar de avião, mas já participa ativamente de conversas com ministros e membros do governo.
Falei com assessores próximos ao Lula. Ele está andando sem ajuda de bengala ou de outro aparelho. A perspectiva é de que ele retome o trabalho presencial no Palácio do Planalto na semana que vem. Lula tem feito fisioterapia pela manhã e à tarde para o fortalecimento dos músculos. Como disse o ministro [Alexandre] Padilha, ele já retomou o ritmo de trabalho. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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