Babá brasileira é presa nos EUA acusada de assassinar homem em mansão
Colaboração para o UOL
23/10/2023 10h42
Uma babá brasileira de 23 anos foi presa no estado da Virgínia, nos EUA, acusada de atirar em uma das vítimas de um duplo homicídio ocorrido em uma mansão em Herndon, no condado de Fairfax.
O que se sabe:
Juliana Peres Magalhães é natural do interior de São Paulo e estava vivendo nos EUA há cerca de dois anos. Ela fazia um intercâmbio conhecido como au pair, em que a pessoa é convidada a morar na casa de anfitriões em outro país, em troca de cuidar dos filhos dos proprietários.
A suspeita, presa na sexta-feira (20), morava e trabalhava numa residência de luxo no bairro de Hattontown, cuidando das crianças do casal Brandon Robert e Christine Banfield.
Em 24 de fevereiro, pouco antes das 8 horas, a polícia recebeu uma ligação via 911, mas quem ligou desligou rapidamente. Numa segunda ligação, 13 minutos depois, Magalhães e um homem conversaram com os atendentes, segundo apurou a Fox News.
A jovem teria dito que uma "amiga" havia sido assassinada. Já o homem que falou ao telefone seria o próprio dono da casa, Brandon Banfield, que informou ter atirado em um indivíduo, identificado como Joseph Ryan, e o acusou de ter invadido sua casa e esfaqueado sua esposa, Christine, 37.
A polícia do condado de Fairfax disse que os agentes encontraram a mulher em um quarto no andar superior da residência, com facadas na parte superior do corpo. Ryan, o homem acusado de esfaquear Christine, foi encontrado nas proximidades com vários tiros.
A dona da mansão foi levada a um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ryan foi declarado morto no local. Ele não residia na mansão, mas a polícia acredita que ele conhecia Christine.
Mansão de R$ 5 milhões
A casa onde ocorreram os crimes está avaliada em R$ 5 milhões (US$ 1 milhão), segundo informou o jornal inglês Daily Mail.
A polícia ainda não explicou o que Ryan estaria fazendo na residência quando tudo aconteceu, mas os investigadores não encontraram sinais de arrombamento.
Segundo o chefe de polícia do condado de Fairfax, Kevin Davis, uma menina de 4 anos também estava na casa quando a polícia chegou. Ela estava sem ferimentos e foi retirada do local pelos policiais.
Durante as investigações, que duraram sete meses, a polícia não confirmou o autor das facadas que tiraram a vida da dona da casa. Mas concluiu que os tiros que mataram Ryan foram dados pela jovem brasileira.
Magalhães foi acusada de homicídio em segundo grau e está detida em um centro de detenção de adultos, sem direito a fiança. A investigação está em andamento, com agentes colhendo depoimentos e analisando evidências digitais e forenses para determinar o autor e as circunstâncias que levaram ao assassinato de Christine Banfield.