OPINIÃO
Josias: ONU faz teatro com Assembleia sobre Israel; efeito é só decorativo
Colaboração para o UOL, em São Paulo
27/10/2023 10h51
A reunião da Assembleia Geral da ONU nesta sexta (27) para votar a resolução por uma trégua na guerra entre Israel e o Hamas não passa de um grande teatro e sem efeito prático. A análise é do colunista Josias de Souza, em participação no UOL News na manhã de hoje (27).
O efeito de uma resolução aprovada na Assembleia Geral é meramente decorativo. O drama a que estão submetidos os mais de 2 milhões de habitantes na Faixa de Gaza permanecerá inalterado. Ao apelar para esse teatro da Assembleia Geral, a engrenagem da ONU leva aquele 'jeitinho brasileiro' às fronteiras do paroxismo. A diplomacia internacional evolui da condição de atividade que se ajeita para uma posição de que não tem jeito. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias explicou que apenas uma decisão tomada no Conselho de Segurança da ONU poderia, de fato, impactar nos rumos do conflito. O colunista criticou a intransigência de potências internacionais como EUA e Rússia, que vetaram resoluções no Conselho, enquanto milhares de civis sofrem com a escassez de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Parece faltar às potências internacionais, com direito a veto no Conselho, decência e humanidade para permitir, nesse momento, um texto que imporia a esta situação de guerra na Faixa de Gaza alguma racionalidade. Não se fala em interromper a guerra, mas em simplesmente atender de forma humanitária e decente aquelas pessoas que estão morrendo e à míngua. Essa reunião da Assembleia Geral da ONU é teatro. Josias de Souza, colunista do UOL
Tales: Há grande risco de guerra Israel-Hamas se tornar conflito nuclear
Tales Faria considera "grande" o risco de a guerra entre Israel e Hamas extrapolar as fronteiras regionais e se tornar um conflito nuclear com a entrada de potências bélicas. Para o colunista, uma provável aprovação na assembleia Geral da ONU de uma "trégua" na Faixa de Gaza pode não ter efeito prático sobre o conflito, mas pressionará o Conselho de Segurança da entidade para votar uma nova resolução.
Pelos últimos movimentos, mostra-se um risco muito grande de se tornar um conflito nuclear. Os EUA ameaçam cada vez mais o Irã, que por sua vez ameaça cada vez mais Israel, que também possui armamento nuclear. A Rússia já disse que, se houver problema, entrará na história. Não falta muito para o conflito se alastrar e se tornar nuclear. Nesse momento, qualquer coisa que seja feita para evitar um conflito final é o ideal. Tales Faria, colunista do UOL
Tales: Atuação do filho de Netanyahu se assemelha a de filhos de Bolsonaro
Uma pessoa responsável por espalhar fake news nas redes sociais, de postura agressiva com adversários políticos e que se gaba por sua vaidade. A descrição se encaixaria aos filhos de Jair Bolsonaro, mas se trata de Yair Netanyahu, filho do primeiro-ministro de Israel, como aponta o colunista Tales Faria.
Yair é o filho 02 do Netanyahu. O que se diz é que ele é muito parecido com Eduardo Bolsonaro, com quem se deu muito bem quando esteve no Brasil. Há outras semelhanças com os filhos de Bolsonaro. Uma é com Carlos; Yair é muito chegado em distribuir fake news, além de um jeito muito agressivo ao entrar na política. A outra é com o 04 [Jair Renan], por fazer fotos e se colocar na internet como 'bonitinho'. Tales Faria, colunista do UOL
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