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Guerra Israel x Hamas: EUA atacam com aviões; nova explosão atinge Egito

Já são 21 dias da guerra entre Israel e Hamas. Na madrugada desta sexta-feira (27), os Estados Unidos realizaram dois ataques aéreos contra instalações usadas pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã no leste da Síria. Em outro ataque, uma explosão aconteceu no Egito, em uma cidade a 10 quilômetros da fronteira com Israel.

O que aconteceu

Uma explosão atingiu a cidade de Taba, no Egito, na manhã de hoje. Pelo menos seis pessoas ficaram feridas. O local é próximo à fronteira com Israel.

O ataque teria sido cometido por um drone, segundo fontes do Exército do Egito ao jornal Al Arabiya. Testemunhas ouviram o barulho e viram a fumaça à distância. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que tomou conhecimento da explosão. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até o momento.

Quase três semanas após o início da guerra, permanece a apreensão sobre quando Israel irá ocupar totalmente a Faixa de Gaza por terra. Ontem, após uma incursão terrestre no norte de Gaza, os militares israelenses disseram que tinham enviado brevemente tanques "para preparar o campo de batalha" antes das "próximas fases do combate". O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu ainda na noite de quarta-feira que o país cobraria um preço pelos ataques do Hamas em 7 de outubro.

O Exército de Israel anunciou que realizou uma nova incursão terrestre limitada contra o Hamas na Faixa de Gaza. A expectativa, no momento, é pela esperada incursão terrestre no norte da região, que ninguém sabe quando acontecerá. Segundo as tropas israelenses, a operação ocorreu no centro do enclave e foi apoiado por "caças e drones".

Já os EUA usaram ataques de aviões militares contra um depósito de armas como um sinal ao Irã. Joe Biden quer que o país vizinho de Israel contenha os ataques, sem aumentar conflitos no Oriente Médio. "Esses ataques precisos de autodefesa são uma resposta a uma série de ataques contínuos, em sua maioria malsucedidos, contra americanos no Iraque e na Síria por grupos de milícias apoiados pelo Irã", disse o secretário de Defesa Lloyd Austin em um comunicado.

Os Estados Unidos não procuram conflito e não têm intenção nem desejo de se envolverem em novas hostilidades, mas estes ataques apoiados pelo Irã contra as forças dos EUA são inaceitáveis
Lloyd Austin

Desde o ataque surpresa do Hamas contra Israel em 7 de outubro, Biden enviou dois porta-aviões para o Mar Mediterrâneo. Dezenas de aviões de guerra chegaram na região do Golfo Pérsico, para dissuadir o Irã e os seus representantes no Líbano, na Síria e no Iraque de se envolverem na guerra. O Pentágono também enviou baterias antimísseis e outras defesas aéreas para vários países do Golfo para proteger as tropas e bases dos EUA na região.

O Departamento de Defesa norte-americano declarou que 19 militares alocados no Iraque e na Síria sofreram lesões cerebrais. Foram consequências de ataques de foguetes e drones lançados pelo Irã na semana passada. Outros 21 agentes sofreram ferimentos leves nos ataques de 17 e 18 de outubro na Base Aérea de Al Asad, no oeste do Iraque, e na guarnição de al-Tanf, no sul da Síria.

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15 caminhões de ajuda humanitária entram em Gaza

Pelo menos 15 caminhões de ajuda humanitária entraram hoje em Gaza. A Cruz Vermelha anunciou que 10 médicos, incluindo uma equipe de cirurgia de guerra e um especialista em contaminação de armas, foram levados para Gaza.

A ONG também transportou seis caminhões com materiais médicos e suprimentos de purificação de água. O novo material médico pode ser usado para tratar de 1 mil a 5 mil pessoas, informou a Cruz Vermelha.

É uma pequena dose de alívio, mas não é suficiente. É urgentemente necessário um acesso humanitário seguro e sustentado.
Diretor regional da Cruz Vermelha para o Oriente Médio, Fabrizio Carboni

Outros nove caminhões com 141 toneladas de alimentos entraram em Gaza hoje, anunciou o Programa Mundial de Alimentação da ONU. O PMA ressaltou que seriam necessários 40 caminhões diários para atender a necessidade de Gaza.

"Por cada pessoa que recebeu assistência alimentar, pelo menos mais seis estão necessitadas", diz comunicado do PMA.

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Manifestação pró-Israel em Nova York

Na Times Square, em Nova York, centenas de pessoas se reuniram em torno de uma mesa vazia que o conselho israelense-americano preparou para os cerca de 200 reféns capturados nos ataques do Hamas. "Nossa mesa não estará cheia até que todos voltem", disse Tal Shuster, membro do conselho da organização, à multidão.

Manifestação pró-Israel em Nova York
Manifestação pró-Israel em Nova York Imagem: TIMOTHY A. CLARY / AFP

Hila Levy, presente na manifestação, tem uma sobrinha de 19 anos que é refém do Hamas. Ela disse que envia fotos dos eventos que pedem a libertação dos capturados pelo grupo extremista, para a família em Israel. "Quando a pessoa que você mais ama se foi - espero que não tenha ido para sempre e apenas sequestrada - eles a querem tanto de volta. Isso lhes dá alguma força."

Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, 7.326 pessoas morreram e 18.484 ficaram feridas, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. Cerca de 2.913 crianças estão entre os mortos.

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*Com informações da AFP e da RFI

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