Mais de 3 mil mortes: como crianças são usadas na Guerra de Israel e Hamas

Autoridades palestinas confirmaram hoje (26) que mais de 3 mil crianças morreram na Faixa de Gaza, em virtude da Guerra entre Israel e Hamas, que teve início no começo do mês de outubro. O número é confirmado pela ONU, que apresentou documentos com nomes dos mortos.

O que aconteceu:

Uso das crianças não é novo

Em 2014, a ONU (Organização das Nações Unidas) recebeu uma declaração de uma ONG (Organização Não-Governamental) de Israel em que cita os constantes ataques do grupo extremista Hamas a crianças e adolescentes judeus.

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Na ocasião, a ONG citou como que imagens de crianças vestidas de homens-bomba e empunhando armas eram usadas pelo Hamas como propaganda contra Israel.

Comunidade internacional pede para crianças serem salvas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu publicamente para que as crianças sequestradas pelo Hamas sejam libertas. "Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", escreveu o presidente brasileiro.

A diretora-executiva da Unicef, Catherine Russel, escreveu um texto em que pedia a proteção das crianças durante a Guerra. "A Unicef pede o imediato cessar das hostilidades e que todas as partes protejam as crianças contra danos e lhes proporcionem a proteção especial a que têm direito, de acordo com suas obrigações sob o direito internacional humanitário. Mais do que tudo, as crianças de Israel e do Estado da Palestina precisam de uma solução política duradoura para a crise, para que possam crescer em paz e livres da sombra da violência", afirmou Russel. Esse texto foi compartilhado pela cantora pop Katy Perry.

Segundo a ONU, dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza, 50% são crianças e adolescentes.

A Convenção de Genebra, de 1949, determina que as crianças devem ser protegidas e tratadas com humanidade. Portanto, a morte das crianças pode ser considerado um crime de guerra.

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