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Secretário dos EUA vai pressionar Israel por 'pausa' na guerra com o Hamas

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, deverá pressionar o governo israelense a concordar com uma "pausa humanitária" nas operações militares em Gaza para permitir a libertação segura de reféns e a distribuição de ajuda humanitária. A informação foi publicada pelo jornal The New York Times.

O que aconteceu

Blinken viajará na sexta-feira (3) para Israel, onde se reunirá com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, informou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. Segundo autoridades dos EUA, Blinken também visitará a Jordânia e a Turquia.

A tentativa de Blinken de negociar "pausas humanitárias" reforça o que foi defendido pelo presidente dos EUA, Joe Biden. Ele afirmou que o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu havia concordado anteriormente em interromper brevemente os bombardeios em 20 de outubro para permitir a libertação de duas cidadãs norte-americanas, Judith Raanan, 59, e sua filha, Natalie Raanan, 17.

Em entrevista a jornalistas antes da viagem, Blinken disse que as discussões também se concentrarão no futuro de Gaza. Segundo ele, o objetivo é conseguir mais ajuda humanitária, na libertação dos reféns e garantia de que o conflito não se espalhe.

O principal diplomata norte-americano reiterou o direito de Israel de se defender. Afirmou, porém, que tanto o país como os EUA têm responsabilidade de garantir proteção dos civis que estejam em perigo. "Falaremos sobre medidas concretas que podem e devem ser tomadas para minimizar os danos a homens, mulheres e crianças em Gaza, e isso é algo com o qual os EUA estão comprometidos", disse Blinken.

Quando vejo uma criança palestina, um menino ou uma menina, ser retirado dos escombros de um prédio que desabou, isso me dá um nó no estômago... Portanto, isso é algo a que temos a obrigação de responder, e o faremos.
Antony Blinken

Blinken ainda afirmou que os EUA e outros gpvernos estão explorando uma série de opções para o futuro de Gaza. Segundo ele, isso pode incluir agências internacionais e outros países da região, mas não deu mais detalhes. "As pessoas estão muito concentradas no dia de hoje, não apenas no dia seguinte. Mas temos que conversar agora sobre a melhor maneira de estabelecer as condições para uma paz duradoura e sustentável - segurança duradoura e sustentável tanto para israelenses como para palestinos", disse.

*Com Reuters

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