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Filho de brasileiro diz que pai foi sequestrado no Equador e pede ajuda

O filho de um brasileiro que mora no Equador disse hoje que o pai foi sequestrado e pediu ajuda para pagar parte do resgate. Mais cedo, foi decretado estado de "conflito armado interno" no país após a invasão a uma emissora de TV e à Universidade de Guayaquil.

O que aconteceu

Gustavo fez um vídeo para denunciar o sequestro do pai. A gravação foi publicada no perfil oficial do La Brasa, um restaurante brasileiro em Guayaquil administrado pelo pai do rapaz, Thiago Allan Freitas.

Jovem diz que sequestradores estão pedindo US$ 3.000 (R$ 14.720). Até agora, a família já enviou US$ 1.100 (cerca de R$ 5.400), segundo Gustavo. "Peço a vocês que me ajudem com o que têm, com qualquer valor", diz o rapaz em espanhol.

Itamaraty investiga denúncia, mas não confirma sequestro. O Ministério das Relações Exteriores afirmou ainda que não pode dar informações sem autorização, nem fornecer dados específicos. Mais cedo, em nota, a pasta já havia dito que o governo segue atento à situação dos brasileiros e que acompanha com "preocupação" as ações de violência conduzidas por grupos criminosos no Equador.

Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todos os dólares que tínhamos, não temos mais. Por isso, eu peço a vocês que me ajudem com o que têm, com qualquer valor. Que seja um dólar, dois dólares, porque precisamos de verdade. Estamos desesperados, não temos como fazer.
Gustavo, filho de brasileiro que mora no Equador

Conflito armado interno

Forças Armadas estão autorizadas a realizar operações para "neutralizar" grupos. O decreto assinado hoje pelo presidente do Equador, Daniel Noboa, mira 22 grupos criminosos no âmbito transnacional, chamados de "terroristas".

Homens armados invadiram uma TV em Guayaquil durante programa ao vivo. As imagens mostram que funcionários da emissora foram feitos de reféns durante a transmissão. Posteriormente, eles foram resgatados pela polícia, que também publicou uma foto com os suspeitos presos.

Alunos da Universidade de Guayaquil relataram ter sido rendidos por criminosos. Imagens publicadas nas redes sociais mostraram a correria na entrada da universidade e barricadas feitas nas portas das salas de aula. O Ministério da Educação suspendeu as aulas presenciais em todo o sistema educacional até 12 de janeiro.

País estava sob estado de exceção desde a fuga de José Adolfo Macías Villamar. Fito, como é conhecido, lidera o temido grupo Los Choneros, que disputa as rotas do tráfico de drogas com outros criminosos ligados a cartéis do México e da Colômbia. A medida possibilita a Noboa mobilizar por 60 dias os militares nas ruas e nas penitenciárias, bem como suspender direitos civis.

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