Velasco: Situação no Equador lembra cenário da Colômbia dos anos 80
Colaboração para o UOL, em São Paulo
10/01/2024 11h00
A onda de violência que assola o Equador lembra o cenário da Colômbia nos anos 80, quando o país foi dominado pela guerra urbana promovida pelos cartéis do narcotráfico, afirmou Paulo Velasco, professor de relações internacionais da UERJ, no UOL News desta quarta (10).
É uma situação muito preocupante, não só para o Equador, mas para a região do entorno. Lembra um pouco as cenas dramáticas que caracterizam a Colômbia dos anos 80, em que havia uma guerra urbana entre grupos criminosos e cartéis pelo controle das rotas de produção de narcóticos. O Equador tem uma vinculação muito estreita com cartéis colombianos e mexicanos. Paulo Velasco, professor de relações internacionais da UERJ
Candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio foi assassinado. Velasco lembrou o ataque ao político, vítima de um ataque reivindicado pela facção criminosa Los Lobos.
Produção escoada pelo porto de Guayaquil. O professor também lembrou que o Equador está geograficamente localizado em uma das maiores rotas mundiais do narcotráfico, o que o torna um alvo estratégico para os criminosos.
Nos últimos anos, o país tem enfrentado uma onda crescente de criminalidade, com grupos criminosos ampliando sua presença e atuação. Vale lembrar que o Equador não é um produtor de narcóticos, mas está entre os dois maiores produtores de cocaína do mundo, que são Colômbia e Peru. Paulo Velasco, professor de relações internacionais da UERJ
Para tentar resolver o grave problema, o presidente equatoriano Daniel Noboa precisará da ajuda dos países vizinhos, avaliou Velasco.
Para o governo Noboa, é um desafio gigantesco. Ele acaba de assumir o poder com uma retórica muito dura contra o crime organizado no país, e não poderia ser diferente. A população está muito amedrontada.
Ele terá que contar com algum tipo de apoio, não propriamente militar, mas sobretudo de inteligência e de coordenação de esforços de países da vizinhança para tentar neutralizar esses grupos armados. Paulo Velasco, professor de relações internacionais da UERJ
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