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Fernando Villavicencio: quem era o candidato à presidência morto no Equador

O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio foi morto com três tiros, às 18h20 desta quarta-feira (9), em Quito. O ataque ocorreu na saída do Colégio Anderson, no centro-norte da capital equatoriana, e foi registrado em vídeo.

Quem era Villavicencio:

Villavicencio, 59, estava em segundo lugar nas pesquisas mais recentes da eleição presidencial do Equador, segundo o jornal local El Universo. Dos oito candidatos presidenciais, quem lidera é a advogada Luisa González (26,6%), a única mulher na lista. Villavicencio estava com 13,2% das intenções de votos.

Ele era jornalista e afiliado ao partido Movimento Construye. Ele nasceu na cidade de Alausí, que fica na província de Chimborazo, e se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores.

O político era o mais velho de seis irmãos. Na adolescência, chegou a trabalhar como garçom.

Villavicencio também era apaixonado por literatura e poesia, chegando a ler 17 livros sobre a história de Simón Bolívar para participar de um concurso de oratório interescolar.

Fernando foi casado com Verónica Sarauz, com quem teve cinco filhos.

Vida política

Deputado na Assembleia Nacional, presidiu a Comissão de Supervisão da Assembleia entre 2021 e 2023.

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Nos anos 1990, começou a trabalhar na companhia petrolífera estatal Petroecuador, onde atuou como comunicador e sindicalista. Villavicencio ficou na companhia até o ano de 1999, quando foi demitido por uma ordem do então presidente Jamil Mahuad.

Após a demissão, continuou denunciando delitos ambientais e trabalhistas na estatal.

Fernando também denunciou casos de corrupção como jornalista e político. No jornalismo, Villavicencio investigou casos de corrupção, inclusive a venda de petróleo do Equador para a China e a Tailândia.

Em seu plano de governo, enquanto candidato à presidência, ele propunha a criação de um Plano Nacional Antiterrorista, para identificar quais as estruturas mais perigosas que operam no país: narcotráfico, mineração ilegal, corrupção e propina.

Villavicencio foi uma das vozes mais críticas contra a corrupção, especialmente durante o governo do ex-presidente Rafael Correa, de 2007 a 2017. Ele chegou a ser condenado a 18 meses de prisão por difamação por declarações feitas contra o ex-presidente.

Na época, ele fugiu para um território indígena no Equador e depois recebeu asilo no Peru.

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Como legislador, Villavicencio foi criticado por políticos da oposição por obstruir um processo de impeachment neste ano contra Lasso, que levou este último a convocar eleições antecipadas.

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