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Ministras se manifestam contra greve geral na Argentina: 'Não temos medo'

Policiais em frente à bandeira dizendo "greve geral", do lado de fora do Palácio da Justiça em Buenos Aires, na Argentina Imagem: 27.dez.2023-Agustin Marcarian/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

24/01/2024 10h16Atualizada em 24/01/2024 13h39

Duas ministras argentinas foram às redes sociais criticar a greve geral prevista no país para hoje. Os manifestantes rejeitam as reformas trabalhistas propostas pelo presidente Javier Milei.

O que aconteceu

Chanceler Diana Mondino e ministra da Segurança, Patricia Bullrich, censuraram fortemente o movimento.

"A greve não tem justificativa", escreveu Mondino. "[Foi] convocada pela oligarquia de milionários com carros blindados e motoristas, falsos representantes dos trabalhadores, ratifica que estamos no caminho certo. As coisas se conseguem com esforço, não chorando e batalhando. Não tenhamos medo deles".

Bullrich chamou os sindicalistas de "mafiosos". "Não há greve que nos detenha. Sindicalistas mafiosos, gerentes da pobreza, juízes cúmplices e políticos corruptos defendendo seus privilégios e resistindo a mudança escolhida pela sociedade democraticamente", disse ela no X (ex-Twitter).

Ministra da Segurança fez vídeo nas ruas com comércios abertos. Patricia Bullrich passeou por algumas lojas do bairro de Flores. "O que faz o país?", pergunta Bullrich a alguns lojistas. "Segue trabalhando", respondem.

Greve geral convocada pela maior central sindical da Argentina é primeiro grande desafio de Milei. A Confederação Geral do Trabalho (CGT), de orientação peronista, rejeita, principalmente, as alterações por decreto do regime trabalhista promovidas por Milei, que limitam o direito à greve e afetam o financiamento dos sindicatos.

Descontentamento com desvalorização da moeda em 50% e a liberação dos preços dos combustíveis. Essas e outras decisões de Milei foram recebidas de forma impopular especialmente por reduzirem drasticamente o poder aquisitivo dos assalariados e aposentados.

Ainda assim, pesquisas mostram que o presidente mantém uma imagem positiva entre 47% e 55% dos entrevistados.

A greve, de 12 horas, teve início ao meio-dia, com uma passeata da sede da CGT até o Congresso. Um a cada quatro trabalhadores é sindicalizado na Argentina.

*Com AFP

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