Após prisão, Braga Netto contrata advogado que defendeu Dirceu no mensalão
A família do general Walter Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice de Jair Bolsonaro, decidiu trocar sua equipe de defesa após ele ter sido alvo de prisão preventiva no inquérito do plano de golpe. Ele foi preso no último sábado (14).
Foi contratado o advogado criminalista José Luís de Oliveira Lima, conhecido como Juca. Experiente no direito penal, ele defendeu o ex-ministro petista José Dirceu no julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal).
Também advogou para nomes como o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que fez uma delação premiada implicando o presidente Lula na Lava Jato, e o ex-assessor presidencial José Yunes, que era próximo de Michel Temer.
O advogado anterior, Luís Henrique Prata, disse que ainda não deixou a causa porque iria conversar pessoalmente com o general Braga Netto na prisão a respeito dessa troca. A alteração na equipe de defesa foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim e confirmada pelo UOL.
O novo advogado apresentou uma petição ao STF nesta quarta-feira (18) pedindo acesso aos autos e juntando a procuração assinada pelo general.
A prisão de Braga Netto foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, após um pedido da Polícia Federal. A PF apontou que Braga Netto atuou para obstruir a investigação, colhendo informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. O general também teria entregado valores em dinheiro vivo para militares das Forças Especiais responsáveis por um plano de monitoramento dos passos de Moraes.
O general da reserva está preso em uma unidade militar do Rio de Janeiro.
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