Conteúdo publicado há 8 meses

Putin fala em 'ato selvagem' e tenta ligar Ucrânia a ataque terrorista

O presidente Vladimir Putin falou sobre o ataque terrorista que deixou mais de 140 mortos na Rússia. O pronunciamento foi feito à nação na manhã de hoje.

O que aconteceu

"Ato terrorista selvagem", afirmou presidente. Ele também disse que "todos serão punidos" e declarou o domingo (24) como um dia nacional de luto pelas vítimas do ataque.

Putin tentou ligar ataque à Ucrânia. Segundo ele, os detidos pelo ataque foram presos tentando fugir para o país vizinho, comandado por Volodymyr Zelenski. Putin não apresentou, porém, provas da acusação.

"Outra mentira da Rússia", rebate Ucrânia. Em pronunciamento após fala de Putin, o porta-voz da inteligência militar de Zelenski disse que a Ucrânia não tem ligação com o ataque. Andriy Yusov afirmou que a única intenção do país é "se defender dos invasores russos".

Ataque foi registrado ontem

Pelo menos 133 pessoas morreram no ataque, informaram as autoridades russas. Também há mais de 100 hospitalizados, "dezenas em estado grave", segundo o Ministério da Saúde.

O ataque ocorreu no Crocus City Hall, uma casa de shows na região de Moscou. Centenas de pessoas aguardavam uma apresentação do grupo Picnic quando o ataque começou. Os músicos da banda não ficaram feridos.

Onze pessoas foram presas para averiguação. Entre os detidos, quatro pessoas diretamente ligadas ao ataque foram identificadas, informou a agência de notícias AP.

Além de terroristas camuflados disparando indiscriminadamente, também foram relatadas explosões, que deixaram o prédio em chamas. O telhado da casa de espetáculos desabou e parte da casa de shows ficou destruída.

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Em vídeos publicados nas redes, as pessoas aparecem tentando fugir do prédio. Ao fundo, é possível ouvir barulho de disparos. Os relatos começaram a surgir por volta das 20h15 (horário local).

Estado Islâmico assumiu o ataque em canal de Telegram. "Os combatentes do Estado Islâmico atacaram uma grande concentração de cristãos na cidade de Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, Moscou, matando e ferindo centenas e causando grande destruição ao local antes de se retirarem em segurança para as suas bases", diz o comunicado.

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