George Santos deixa Partido Republicano, mas tentará vaga na Câmara dos EUA
O ex-deputado George Santos, filho de imigrantes brasileiros, anunciou, na noite desta sexta-feira (22), que deixará Partido Republicano. Ele disse, no entanto, que segue disputa por uma vaga na Câmara dos EUA como candidato independente.
O que aconteceu
Em uma publicação no X, Santos disse que vai concorrer como independente.
A desistência acontece após a Câmara aprovar um pacote de US$ 1,2 trilhão para o governo Biden. Segundo o jornal americano New York Times, os republicanos fecharam um acordo com os democratas.
George Santos, que teve o mandato cassado no ano passado, classificou a atuação dos republicanos como "constrangedora". "O Partido Republicano continua a mentir e a enganar a sua base eleitoral. Eu, em sã consciência, não posso estar em um partido que não representa nada e se entrega por qualquer coisa".
O filho de brasileiros escreveu que levará seu apoio ao ex-presidente Donald Trump como independente.
O deputado Nick LaLota, que disputa a vaga com Santos em Nova York e liderou a expulsão de Santos, reagiu ao anúncio. Segundo a CBS News, ele divulgou um comunicado em que afirma que irá "terminar o trabalho" sobre o ex-deputado vencendo-o nas primárias.
Announcement
-- George Santos (@MrSantosNY) March 22, 2024
After today's embarrassing showing in the house I have reflected and decided that I can no longer be part of the Republican Party?
The Republican Party continues to lie and swindle its voter base. I in good conscience cannot affiliate myself with a party that?
Cassação
George Santos foi eleito em 2022 para representar o 3º Distrito de Nova York, com sede em Long Island e Queens. Ele fazia parte de um grupo de representantes republicanos de Nova York, eleitos em distritos vencidos por Biden apenas dois anos antes, que foram fundamentais para auxiliar o Partido Republicano a obter a maioria na Câmara.
Mentiras. Os outros membros, incluindo LaLota e o deputado Mike Lawler, se esforçaram para expulsar Santos após surgirem relatos de que ele mentiu em seu currículo, incluindo dados de sua educação universitária, experiência profissional e identidade como "judeu".
Um relatório de ética da Câmara alegou que Santos gastou fundos de campanha em bens de luxo, Botox e pagamentos do OnlyFans. Santos negou as acusações e se recusou a renunciar.
Algumas semanas depois, a Câmara votou pela sua expulsão por 311 votos a 114, com 105 republicanos votando a favor. Ele se tornou o sexto membro do Congresso a ser expulso e o único a ser expulso sem ter sido condenado por um crime ou ter apoiado a Confederação.
Santos enfrenta diversas acusações federais, incluindo roubo de identidade e fraude no financiamento de campanha. Ele se declarou inocente de todas as acusações.
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