Coreia do Norte dispara 'projétil não identificado', e Japão emite alerta
Do UOL, em São Paulo
27/05/2024 12h38Atualizada em 27/05/2024 12h48
A Coreia do Norte disparou um "projétil não identificado" em direção ao mar, próximo a sua costa oeste, nesta segunda-feira (27), segundo informações das Forças Armadas da Coreia do Sul. Após o lançamento, o governo do Japão chegou a emitir um alerta aos moradores da Ilha de Okinawa.
O que aconteceu
Disparo de projétil foi informado pela Coreia do Sul. "A Coreia do Norte disparou um projétil não identificado em direção ao sul" sobre o Mar Amarelo, que se estende entre a China e a península coreana, segundo divulgou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
Coreia do Norte havia notificado o Japão sobre novo satélite. No início do dia, a ditadura norte-coreana informou ao Japão que planeja lançar um satélite entre 27 de maio e 4 de junho, em uma provável tentativa de colocar em órbita um segundo satélite espião. O primeiro foi lançado em novembro, depois de várias investidas fracassadas.
Japão chegou a emitir alerta à Ilha de Okinawa, no sul do país. O aviso, que pedia aos moradores que buscassem abrigo, foi retirado pouco tempo depois. O governo agora diz não esperar que o míssil atinja o território japonês.
Cúpula trilateral
Seul, Pequim e Tóquio querem desnuclearização da Coreia do Norte. A exigência foi feita pelo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, e pelos primeiros-ministros da China e do Japão, Li Qiang e Fumio Kishida, durante a primeira reunião de cúpula entre os três países em quase cinco anos — em parte devido à pandemia, mas também às relações complexas.
Países também buscam evitar lançamento de satélite espião. Yoon e Kishida fizeram um apelo para que Pyongyang desista do lançamento, que, segundo o presidente sul-coreano, "mina a paz e a estabilidade regional e mundial". Yoon também pediu uma resposta internacional "decisiva" caso o líder norte-coreano, Kim Jong Un, prossiga com a ideia.
Governo norte-coreano fala em 'grave provocação política'. Segundo Pyongyang, a desnuclearização "violaria a posição constitucional do nosso país". "A 'desnuclearização completa da península coreana' já morreu teórica, prática e fisicamente", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, citado pela agência oficial de notícias KCNA.
(Com AFP e Reuters)