Ministério palestino cita 'massacre' e diz não haver áreas seguras em Gaza
Do UOL, em São Paulo
27/05/2024 11h53Atualizada em 27/05/2024 14h08
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina condenou nesta segunda-feira (27) o bombardeio de Israel perto de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, que deixou ao menos 45 mortos.
O que diz a Palestina
Ministério classificou o ataque como um "massacre hediondo". Pasta também acusou o governo israelense de mentir ao dizer que existem áreas seguras na Faixa de Gaza.
Governo fala em genocídio e condena bombardeio de Israel. Em nota, o ministério disse que o ataque a Rafah deixou "dezenas de mortos" cujos corpos foram "despedaçados" em meio ao bombardeio e aos incêndios causados por ele.
"O ministério considera este crime como uma nova prova que confirma que a guerra declarada de Israel é contra os civis", completou.
Não há áreas seguras em Gaza, segundo o governo palestino. O Ministério das Relações Exteriores ainda fez um apelo aos países que apoiam Israel a "colocarem a mão na consciência", pararem de "obstruir o movimento internacional para acabar com a guerra genocida contra o nosso povo" e apoiarem a criação de um Estado palestino.
Bombardeio em Rafah
Ataque aéreo matou ao menos 45 pessoas no domingo (26). Segundo a Defesa Civil de Gaza, administrada pelo grupo extremista Hamas, o bombardeio deixou ainda 65 feridos. A maioria das vítimas era de mulheres e crianças. Desde o início da guerra, já são 36.050 mortos, com 81.026 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde local.
Local havia sido definido por Israel como zona humanitária. A informação é do Crescente Vermelho Palestino, uma organização humanitária que faz parte do movimento internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Cerca de 100 mil pessoas estão abrigadas no acampamento, segundo a Defesa Civil.
Alvo era um acampamento do Hamas em Rafah, diz Israel. O governo alega que os alvos eram legítimos e que o ataque respeitou o direito internacional. Em nota, o Exército de Israel disse "estar ciente de relatórios" que indicam que, como resultado do ataque e do incêndio causado por ele, vários civis da região ficaram feridos. "O incidente está sob análise", completou.
(Com Deutsche Welle e Reuters)