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Parceiros ou parentes matam uma mulher a cada 10 minutos no mundo

Imagem: Getty Images

Do UOL

25/11/2024 10h08

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Pelo menos 85 mil mulheres foram assassinadas no mundo em 2023, segundo números publicados nesta segunda-feira pela ONU. 60% delas foram mortas pelo parceiro ou por parentes - o equivalente a 140 por dia, ou uma a cada 10 minutos.

"O lar continua sendo o lugar mais perigoso para as mulheres", afirma o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e da ONU Mulheres.

Nas Américas e na Europa, a maioria dos feminicídios é cometida pelos parceiros. No restante do mundo, os crimes são praticados majoritariamente por outros membros da família. De acordo com o estudo, nas regiões onde foi possível estabelecer uma tendência houve uma estabilidade ou leve queda dos feminicídios desde 2010

Esquerda volta ao poder no Uruguai

O candidato da Frente Ampla de esquerda, Yamandú Orsi, derrotou o governista Álvaro Delgado e será o próximo presidente do Uruguai. Pupilo do ex-presidente Pepe Mujica, Orsi obteve 49,8% dos votos no segundo turno disputado nesse domingo. Delgado, apoiado pelo presidente de centro-direita Lacalle Pou, teve 45,9%.

A esquerda volta ao poder após cinco anos, apesar da boa avaliação de Lacalle Pou, que não pôde concorrer, pois no Uruguai a reeleição para um segundo mandato consecutivo não é permitida.

"Essa é uma boa notícia para o Mercosul. Se ele seguir os passos do Mujica, pode diminuir um pouquinho as tensões dentro do bloco", disse a professora de Relações Internacionais da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Flávia Loss Araújo.

Trump quer a OEA

Donald Trump quer usar a OEA (Organização dos Estados Americanos) como instrumento de pressão contra as esquerdas no continente e articula apoio a uma nova direção alinhada à sua visão ultraconservadora. A informação é do colunista do UOL Jamil Chade.

Nos últimos dias, o presidente eleito dos Estados Unidos recebeu em sua residência em Mar a Lago (Flórida) o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, com o objetivo de fortalecer sua candidatura a sucessor de Luis Almagro, que deixa o comando da OEA no final de março. "Deve ser um dos primeiros testes da diplomacia do republicano na região." Leia mais.

COP29: Acordo "pouco ambicioso"

Cerca de 200 países reunidos na COP29 aprovaram na madrugada de sábado um acordo que prevê o aporte de US$ 300 bilhões por ano dos países ricos nos países em desenvolvimento até 2035 para o combate às mudanças climáticas.

O valor é o triplo dos US$ 100 bilhões anuais de contribuição em vigor, mas bem abaixo da demanda dos países mais pobres de US$ 1,3 trilhão por ano - valor que especialistas consideram mais próximo do necessário.

Em nota, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que "esperava um resultado mais ambicioso - tanto no financiamento quanto na mitigação - para fazer frente ao grande desafio que enfrentamos".

Extrema-direita avança na Romênia

O candidato de extrema-direita Calin Georgescu obteve uma vitória surpresa na eleição presidencial romena nesse domingo. Georgescu defende uma reaproximação do país com a Rússia e um afastamento da União Europeia, não tem partido e baseou sua campanha no uso maciço do TikTok.

Ele disputará o segundo turno com a até então pouco conhecida Elena Lasconi, de centro-direita. O primeiro-ministro pró-Europa, Marcel Ciolacu, favorito durante boa parte da disputa, chegou em terceiro.

Escalada no Líbano

O Hezbollah disparou cerca de 250 projéteis contra Israel nesse domingo, um dos maiores ataques do grupo xiita desde a escalada do conflito há pouco mais de um ano. Segundo Israel, seis pessoas foram feridas e não houve vítimas fatais.

A ofensiva foi realizada um dia após bombardeios israelenses terem deixado mais de 25 mortos no centro de Beirute e outros 30 em regiões do leste e do sul do Líbano, no final de uma semana em que Israel intensificou os ataques à capital libanesa.

O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse que os ataques "são uma mensagem maldita de rejeição dos esforços por um cessar-fogo". Nesta segunda-feira houve mais bombardeios ao sul da capital.

Prédio destruído no sul de Beirute por ataque israelense nessa noite Imagem: Ibrahim Amro/AFP

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