Maldivas proíbem entrada de israelenses no país após novos ataques em Gaza
O governo da República das Maldivas anunciou neste domingo (2) que proibirá a entrada de cidadãos israelenses no país. A decisão é uma resposta aos ataques a Gaza.
O que aconteceu
Decisão foi tomada pelo gabinete do presidente Mohamed Muizzu. O anúncio foi feito pelo Ministro da Segurança Interna e Tecnologia do país, Ali Ihsaan, e confirmado em comunicado pelo governo maldivo.
Um comitê vai acompanhar a implantação da proibição. Segundo o comunicado, a ação inclui a alteração das leis necessárias para impedir que os titulares de passaportes israelenses entrem nas Maldivas e a criação de um subcomitê do Gabinete para supervisionar estes esforços.
Mohamed Muizzu anunciou ainda que nomeará um enviado especial para "avaliar as necessidades palestinas". O objetivo do governo é arrecadar fundos para ajudar os refugiados em Gaza.
O Presidente decidiu ainda criar uma campanha de angariação de fundos para ajudar os nossos irmãos e irmãs na Palestina com a ajuda da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio) e realizar uma manifestação nacional sob o lema "Falastheenaa Eku Dhivehin", que se traduz como "Maldivas em Solidariedade com a Palestina" para mostrar apoio.
Gabinete do presidente das Maldivas, Mohamed Muizzu, em comunicado
Ministério das Relações Exteriores de Israel se pronunciou. O porta-voz da pasta, Oren Marmorstein, disse em resposta que o Ministério recomenda que os israelenses evitem qualquer viagem às Maldivas - incluindo quem tiver passaporte estrangeiro -, e que aqueles que estão lá atualmente, considerem deixar o país.
Em 2023, cerca de 11 mil israelenses visitaram as Maldivas. De acordo com o Ministério do Turismo, esse número representa 0,6% do total de chegadas de turistas no arquipélago asiático.
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