Julian Assange deixa a prisão no Reino Unido após acordo com os EUA
25/06/2024 09h37
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1. Assange deixa a prisão no Reino Unido após acordo com os EUA. Julian Assange, fundador do WikiLeaks, concordou em se declarar culpado de uma única acusação de complô para divulgar informações de defesa nacional. O material revelado inclui centenas de milhares de documentos secretos sobre a atividade militar dos EUA no Iraque e no Afeganistão. O australiano embarcou para as ilhas Marianas, um território americano no Pacífico, onde deverá comparecer na manhã de quarta, no horário local, a uma audiência em um tribunal federal. Na acusação inicial, Assange corria o risco de ser condenado a até 175 anos de detenção, mas com o acordo sua sentença deverá ser de 62 meses de prisão, já cumpridos no Reino Unido, o que significa que ele permanecerá em liberdade.
2. Suprema Corte de Israel decide que o exército deve recrutar ultraortodoxos para o serviço militar. A decisão ameaça a coalizão do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, formada por partidos de extrema direita que são contra a participação desse grupo no serviço militar, obrigatório no país. Em um voto unânime, os nove juízes do tribunal declararam que não há base jurídica para isentar os estudantes religiosos do recrutamento do exército. Eles beneficiavam desse direito desde a criação de Israel, em 1948. "O fim dessa isenção religiosa cria uma feriada aberta na coalizão de Netanyahu", escreve o Financial Times. A Corte Suprema também decidiu que o governo não pode mais transferir subvenções para as escolas religiosas.
3. PIB da Argentina cai 2,6% no primeiro trimestre e entra em recessão. Os cortes de gastos do presidente Javier Milei nas aposentadorias e salários do setor público e em projetos de infraestrutura fizeram com que o consumo e a atividade despencassem. A queda de 2,6% do PIB é em comparação com o último trimestre de 2023. Milei assumiu o cargo em dezembro, quando desvalorizou o peso em mais de 50% e retirou centenas de controles de preços. Nos últimos 12 meses, a economia argentina recuou 5,1%. Às vésperas da discussão da Lei de Bases pela Câmara dos Deputados para sanção final, prevista na quinta, o dólar paralelo fechou na segunda em seu maior patamar na gestão Milei, cotado a 1.330 pesos.
4. União Europeia acusa Microsoft de violar as regras de concorrência com o Teams. A Comissão Europeia afirma que a empresa obteve vantagens indevidas ao vincular o Teams ao Office, o que prejudica rivais como o Zoom e Slack. Para as autoridades do bloco, a Microsoft não concedeu aos seus usuários a escolha de ter ou não o aplicativo Teams ao adquirir os programas Office 365 e Microsoft 365. As recentes medidas adotadas pela gigante de tecnologia para dissociar o Teams de outros programas e tentar, dessa forma, evitar uma ação europeia, foram consideradas insuficientes pela Comissão, que estima que outras mudanças devem ser feitas para reestabelecer a concorrência.
5. Ações da Nvidia despencam quase 7% e empresa perde a posição de mais valiosa do mundo. A fabricante de chips perdeu mais de US$ 550 bilhões em valor de mercado. Na semana passada, a Nvidia havia ultrapassado a Microsoft e a Apple na bolsa e se tornado a empresa mais valiosa do mundo. Mas com o recuo de cerca de 16% nas ações desde quinta passada, ela passou a valer agora US$ 2,9 trilhões, ocupando a terceira posição. As quedas nos últimos dias não anulam os ganhos recentes da companhia, beneficiada pela forte demanda por seus chips de Inteligência Artificial generativa. Seus papéis acumulam alta de 141% desde o início do ano.
6. Suprema Corte dos EUA vai decidir sobre terapia hormonal para menores trans. O tribunal aceitou o recurso da administração Joe Biden que contesta a lei do Tennesse, considerando que ela é discriminatória. O estado proíbe que menores que não se identifiquem com o gênero de nascimento tenham acesso a tratamentos bloqueadores da puberdade e cirurgias para mudança de sexo. A Suprema Corte julgará o caso no próximo mandato, que começa em outubro. Estados liderados por republicanos adotaram medidas semelhantes nos últimos anos, vistas como restritivas aos direitos LGBT.
Deu na Reuters: "Líder supremo do Irã pede forte participação nas eleições presidenciais para reduzir os inimigos ao silêncio". Ali Khamenei atuou para que os candidatos que compartilham suas opiniões radicais estejam à frente na disputa, escreve a Reuters. Ele não apoiou nenhum candidato publicamente, mas disse que "quem pensa que nada pode fazer sem o favor dos EUA não administrará bem o país." A Associated Press afirma que embora não tenha citado ninguém em seu discurso, os comentários de Khamenei parecem dirigidos ao único reformista na disputa. O ex-ministro da Saúde Masoud Pezeshkian, defende uma abertura com o Ocidente e direitos das mulheres e minorias. A eleição ocorre após a morte de Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero no mês passado. Leia mais.