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Ex-comandante do exército boliviano é preso por liderar tentativa de golpe

Imagem: Claudia Morales/Reuters

Daniela Fernandes

27/06/2024 09h51

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1. Ex-comandante do exército é preso por liderar tentativa de golpe na Bolívia. O general Juan José Zúñiga cercou o palácio presidencial por horas com tropas e tanques, alegando que uma troca ministerial precisava ocorrer. Ele foi demitido na terça-feira após fazer ameaças contra o ex-presidente Evo Morales. Zúñiga afirmou que soltaria "prisioneiros políticos" que organizaram um golpe contra Morales em 2019 e que prenderia o ex-líder se ele apresentasse candidatura às eleições de 2025. O presidente Luis Arce demitiu os chefes das Forças Armadas e nomeou novos responsáveis. Zúñiga também acusou Arce de ter orquestrado um autogolpe. Segundo o militar, o presidente queria um movimento para aumentar a popularidade do governo. O ministro da Justiça, Ivan Magne, declarou que o general mente e busca justificar seus atos.

2. Biden e Trump fazem primeiro debate para conquistar indecisos em meio a disputa acirrada. Após meses de ataques verbais, o democrata Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump vão se enfrentar por uma hora e meia na CNN, debatendo temas como imigração, aborto, economia e guerras, que provocam fortes tensões. Para evitar as interrupções e gritos, como ocorreu em 2020, a emissora desligará os microfones de cada candidato quando terminar o tempo de resposta. Pesquisa divulgada na quarta pelo Siena/The New York Times aponta vantagem de três pontos percentuais para Trump. Ela também revela que a condenação do ex-presidente por fraude no caso da atriz pornô não levou a grandes alterações na maneira como os eleitores veem seus candidatos.

Biden e Trump no último debate presidencial no Tennessee, em 2020 Imagem: Morry Gash/Pool via REUTERS/Foto de arquivo

3. Suprema Corte dos EUA admite que vazou por "inadvertência" decisão que autoriza aborto em Idaho. De acordo com o documento publicado no site do tribunal e retirado depois, os juízes decidiram - por seis votos contra três - que Idaho não pode negar abortos de emergência a mulheres com riscos de saúde, segundo a agência Blooomberg. Idaho é um dos cerca de 20 estados que proibiram a interrupção voluntária da gravidez, com raras exceções, como risco de morte iminente para a mãe. O governo do presidente Joe Biden contestou as regras do estado, alegando que elas violam uma lei federal que garante receber cuidados de emergência, mas a decisão dos juízes, que ainda não foi proferida oficialmente, vazou por engano. Um porta-voz declarou que a decisão final será emitida "no devido tempo."

4. Trabalhista vence debate na Grã-Bretanha, indica pesquisa. Quando somadas as respostas sobre uma atuação "muito boa e razoavelmente boa", o trabalhista Keir Starmer reúne 61%, segundo o instituto YouGov. No caso do premiê conservador Rishi Sunak, o índice é de 56%. A BBC escreve que esse último debate era provavelmente a oportunidade final para Sunak virar o jogo antes das eleições de 4 de julho. Em pesquisa divulgada na quarta, os trabalhistas têm 41% das intenções de voto contra 20% para os conservadores.

5. Dinamarca é o primeiro país no mundo a taxar emissões de CO2 da produção agrícola. O acordo obtido pelo governo com agricultores, industriais e ambientalistas prevê a cobrança de uma taxa de 16 euros por tonelada de CO2 a partir de 2030, o que equivaleria a 100 euros por vaca. A agropecuária é responsável pelas emissões de volumes significativos de gases de efeito estufa. Os produtores que investirem em tecnologias que permitam a redução das emissões de dióxido de carbono serão isentos da taxa. O país é um grande exportador de carne de porco e produtos lácteos.

Deu no El País: "Bolívia, um vulcão político em constante erupção". Segundo o jornal espanhol, o país é o que mais sofreu golpes de Estado no mundo desde 1950: 23 no total, sendo que 12 fracassaram. A tentativa de derrubada do poder ocorrida na quarta é o último episódio de uma história tumultuada. Após o fim da ditadura, no início dos anos 80, a Bolívia entrou em uma fase de democracia pactuada, onde líderes precisavam formar alianças. Já Evo Morales não precisou de coalizões para governar por mais de uma década. Analistas afirmam que a democracia se mantém há décadas e que a presença de militares na vida nacional tem sido irrelevante. Eles ressaltam que as últimas crises vividas no país foram resolvidas por vias institucionais. Leia mais.

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