Ministros de Lula elogiam desistência de Biden na eleição dos EUA
Ministros do governo Lula (PT) elogiaram a decisão do presidente norte-americano, Joe Biden, em desistir de tentar a reeleição neste ano pelo Partido Democrata.
O que aconteceu
A decisão foi anunciada por meio de carta divulgada nas redes sociais. Ele já vinha sofrendo pressão de aliados, opositores e até da grande imprensa para deixar a disputa por mostrar sinais de fragilidade na saúde. Ele endossou a escolha da vice-presidente Kamala Harris em seu lugar.
O assunto já repercute no Brasil. Biden é um aliado de Lula, que já o visitou em Washington, e iria enfrentar o ex-presidente Donald Trump, ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os bolsonaristas.
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Biden demonstrou "enorme de grandeza política", disse a ministra Simone Tebet (Planejamento), no X (antigo Twitter). Segundo ela, só um "fato novo" consegue "enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo".
O AGU (Advogado-Geral da União) Jorge Messias elogiou a gestão Biden e disse que hoje ele mostra "sabedoria, grandeza e coragem". "Presidente Biden nomeou diversos juízes afro-americanos, demonstrando seu compromisso com a diversidade e a inclusão", afirmou
O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) também elogiou. "Grande decisão para derrotar a extrema direita norte americana", disse, nas redes sociais.
O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, fez referência à invasão do Capitólio, pouco antes da posse de Biden —o episódio que é frequentemente comparado ao 8 de Janeiro no Brasil. "A reconstrução da democracia e do Estado democrático de direito obteve avanços importantes no país [durante a gestão atual] e precisa continuar", disse, em suas redes.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou o caso para cutucar Lula indiretamente nas redes sociais. "Biden EUA está fora! Quando o Biden brasileiro vai sair?!", questionou, em referência ao presidente, que deverá ter idade semelhante à de Biden em 2026, quando poderá disputar a reeleição.
O presidente Lula ainda não se pronunciou. O Itamaraty não costuma comentar decisões eleitorais de outros países, mas uma nota não está descartada. Bolsonaro também não tratou do assunto.