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Parlamento da Venezuela confirma vitória de Maduro, contestada por oposição

Presidente da assembleia, Jorge Rodríguez Imagem: Presidência da Venezuela/Xinhua

Do UOL, em São Paulo

30/07/2024 20h21Atualizada em 30/07/2024 20h27

A Assembleia Nacional da Venezuela confirmou, nesta terça-feira (30), a reeleição de Maduro como presidente do país. O resultado é contestado pela oposição.

O que aconteceu

O Parlamento aprovou, por maioria, o reconhecimento do resultado. "Vamos ficar aqui para nos defender do fascismo", disse o deputado Diosdado Cabello, vice-presidente do PSUV, sigla de Maduro.

O presidente da assembleia, Jorge Rodríguez, defendeu a prisão de Edmundo González e María Corina Machado, lideranças da oposição a Nicolás Maduro. "Não há diálogo com o fascismo, não são concedidos benefícios processuais, não são perdoados", disse.

Rodríguez reforçou a acusação de Maduro sobre os manifestantes estarem supostamente drogados e serem pagos pela oposição. "As leis são aplicadas a eles e o Ministério Público tem que agir não só com os bandidos drogados que pagam para aterrorizar, mas também com os seus patrões. E não me refiro apenas a María Corina Machado, mas também a Edmundo González, porque ele é o chefe da conspiração fascista".

Costa Rica oferece asilo

Oferta de asilo político a María Corina e Edmundo González foi divulgada nesta terça-feira (30). O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores da Costa Rica, Arnoldo André Tinoco.

Em vídeo publicado no X, o ministro destaca que a concessão vale para todos os que sofrem perseguição política no país. "A Costa Rica concede asilo político a María Corina Machado e Edmundo González, bem como às pessoas que sofrem perseguição política na Venezuela, especialmente aquelas que estão sob a proteção da Embaixada da Argentina em Caracas", diz o post.

Seis oposicionistas estão abrigados na Embaixada da Argentina. Na segunda-feira (29), María Corina denunciou que forças de segurança rondavam o local para intimidá-los. A energia elétrica da embaixada chegou a ser interrompida.

O governo brasileiro conseguiu apaziguar os ânimos momentaneamente e evitar uma invasão à embaixada, apurou o UOL.

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