Conteúdo publicado há 3 meses

Venezuela: Costa Rica oferece asilo político a Corina e Edmundo González

O ministro das Relações Exteriores da Costa Rica, Arnoldo André Tinoco, anunciou nesta terça-feira (30) a oferta de asilo político a María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, líderes da oposição na Venezuela.

O que aconteceu

Em vídeo publicado no X, Tinoco destaca que a concessão vale para todos os que sofrem perseguição política no país. "A Costa Rica concede asilo político a María Corina Machado e Edmundo González, bem como às pessoas que sofrem perseguição política na Venezuela, especialmente aquelas que estão sob a proteção da Embaixada da Argentina em Caracas", diz a legenda.

Mais cedo, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela defendeu a prisão de Edmundo González e María Corina Machado. A declaração de Rodríguez tem uma influência prática, já que o aparelho do Estado está ao serviço dele, segundo o jornal El País. "Não há diálogo com o fascismo, não são concedidos benefícios processuais, não são perdoados", disse, dentro do Parlamento.

O presidente da assembleia reforçou a acusação de Maduro sobre os manifestantes estarem supostamente drogados e serem pagos pela oposição. "As leis são aplicadas a eles e o Ministério Público tem que agir não só com os bandidos drogados que pagam para aterrorizar, mas também com os seus patrões. E não me refiro apenas a María Corina Machado, mas também a Edmundo González, porque ele é o chefe da conspiração fascista".

Mais de 700 pessoas foram presas durante os protestos que tomam cidades da Venezuela desde o domingo (28). O vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, disse que dez líderes da oposição estão na mira da Justiça. "Eles vão ser detidos", garantiu. "Temos conversas e comunicações, seja qual for o nome, seja qual for o sobrenome que tenham, eles irão para a prisão", completou.

Sobe para 11 número de mortes

Subiu para 11 o número de mortes relacionadas aos protestos contra Maduro.

Cinco dessas mortes aconteceram na capital Caracas. "Há onze pessoas mortas nestes protestos. Cinco dessas pessoas [foram] assassinadas em Caracas. Preocupa-nos o uso de armas de fogo nessas manifestações", declarou Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal Venezolano.

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Estátuas de Hugo Chávez foram derrubadas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram algumas das estruturas sendo arrastadas pelas ruas das cidades venezuelanas. Segundo o jornal espanhol El Periódico, as manifestações ocorreram nas cidades de La Guaira, Falcón, Carabobo e Guárico.

Nicolás Maduro prometeu punição aos manifestantes. Em proclamação após ser declarado presidente, ele afirmou que quem protesta está munido de "drogas, armas e coisas malucas". "Parte [dos presos] são pessoas que voltaram recentemente nos voos que os gringos enviaram para a Venezuela", afirmou.

O ditador foi proclamado presidente da Venezuela na tarde desta segunda-feira (29). A vitória foi confirmada pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), mas as atas da eleição não foram divulgadas.

A líder da oposição, María Corina Machado, disse que eles "têm 73% das atas". "Com as atas que faltam, ainda que o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] desse 100% dos votos para Maduro, não chegam perto do Edmundo com o que já temos", declarou.

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