ABBA, Beyoncé e mais artistas criticam Trump por uso de músicas em campanha
Nesta semana, ABBA, Foo Fighters e Jack White entraram na lista de artistas que criticaram o candidato à presidência Donald Trump pelo uso de músicas em sua campanha.
Vários músicos reclamaram do uso de músicas por Trump
"Nem pensem em usar minha música, fascistas", escreveu Jack White. Um dos membros da banda The White Stripes, o artista contestou o uso da música "Seven Nation Army" pela campanha de Trump em uma postagem nas redes sociais nesta semana. "Processo judicial vindo de meus advogados sobre isso (para somar aos outros 5 mil)", avisou o músico, que teve de se pronunciar em 2016 pela mesma razão.
Grupo sueco ABBA condenou Trump por uso da música. A campanha do ex-presidente usou várias músicas do grupo, como "Money, Money, Money", "The Winner Takes It All" e "Dancing Queen" em um comício em Minnesota. O grupo alegou que não deu permissão de uso das músicas para a campanha de Trump, que disse à AP que conseguiu licença para uso com a Sociedade Americana de Compositores, Autores e Publicadores.
Foo Fighters contestou uso de "My Hero" por Trump e anunciou apoio a Kamala. No comício que juntou Donald Trump e Robert F. Kennedy no mesmo palco, esse foi anunciado com a música de Dave Grohl, que chamou Trump de "babaca" em 2018. Nesta semana, o grupo anunciou a doação dos royalties de "My Hero" para a campanha de Kamala Harris.
Música de Beyoncé foi usada por ambas campanhas. Em julho deste ano, a equipe de Kamala Harris conseguiu permissão para usar "Freedom", de Beyoncé, em vídeos da campanha. A canção acabou se tornando a música oficial da corrida presidencial democrata. Entretanto, o assessor republicano Steven Cheung postou um vídeo curto que usava a música para enaltecer Trump, e a gravadora de Beyoncé exigiu que a publicação fosse retirada do ar.
"My Heart Will Go On", de Celine Dion, também foi usada em comício. A música-tema de Titanic foi tocada em um comício de Trump em Montana no dia 9 de agosto, e gerou uma resposta da artista e da Sony Music: "De nenhuma maneira o uso é autorizado e Celine Dion não apoia esse ou qualquer uso semelhante... E realmente, essa música?", publicou em sua conta no Instagram.
Johnny Marr, guitarrista da banda The Smiths, contrariou uso de música da banda. Após Trump tocar "Please Please Please Let Me Get What I Want" em um comício, Marr disse: "Eu nunca, em um milhão de anos, teria pensado que isso poderia acontecer. Considere essa merda encerrada agora mesmo."
Sinéad O'Connor, que morreu ano passado, teve versão tocada em evento conservador. Os responsáveis legais pelo patrimônio de O'Connor pediram para que Trump não usasse as músicas da artista, após tocarem "Nothing Compares 2 U" em convenção conservadora que ocorreu em março deste ano. "Não é exagero dizer que Sinéad teria ficado enojada, magoada e insultada" pelo uso da música, disse a equipe da artista à BBC.
Trump recebeu diversos protestos por uso de músicas em outras campanhas. Entre os artistas que tiveram suas músicas usadas pela campanha de Trump em 2016 e em 2020, estão: Rihanna, Rolling Stones, Prince, Adele, Bruce Springsteen, Queen, Phill Collins, Ozzy Osbourne, Nickelback, Neil Young, Luciano Pavarotti e muitos outros.