Conheça os democratas e republicanos que 'viraram a casaca' nos EUA

Governadores, congressistas, ex-funcionários e outros ex-republicanos declararam apoio à candidatura de Kamala Harris nas últimas semanas, alegando que Donald Trump é "destrutivo" e "egoísta". Saiba quem são.

Movimento "Republicanos Para Harris" ganha força

Kamala pediu apoio de republicanos que não acreditam em Trump. Em discurso no último domingo (25), a candidata à presidência anunciou um programa que vise "mais esforços de divulgação para os milhões de eleitores republicanos que continuaram a rejeitar o caos, a divisão e a violência de Donald Trump e sua agenda do Projeto 2025".

Quatro ex-governadores republicanos apoiam Kamala. Jim Edgar, de Illinois; Bill Weld, de Massachusetts; Christine Todd Whitman, de Nova Jersey, e Geoff Duncan, da Geórgia, que disse em comício que "votar em Kamala é ser um patriota". "Se os republicanos estão a ser intelectualmente honestos conosco próprios, o nosso partido não é civil nem conservador. É caótico e louco", completou.

Dezesseis ex-congressistas do Partido Republicano vão votar em Kamala. Entre eles, estão Joe Walsh e Adam Kinzinger, que criticam o ex-presidente há anos. Outros nomes são Rod Chandler, Tom Coleman, Dave Emery, Wayne Gilchrest, Susan Molinari e mais.

238 ex-funcionários dos Republicanos publicaram carta aberta contra Trump. Ex-assessores de George W. Bush, John McCain e Mitt Romney afirmaram ter diferenças ideológicas com Kamala Harris e Tim Walz, mas declararam que "a alternativa [Trump] é insustentável". Romney disse que não vai apoiar Trump nessas eleições, mas não declarou voto nos democratas, enquanto Bush não se posicionou. John McCain morreu em 2018.

Em convenção Democrata, republicanos falaram contra Trump. Stephanie Grisham, ex-secretária de imprensa da Casa Branca, disse em seu discurso que acreditava em Trump e chegou a passar feriados com a família dele em sua mansão. "Ele não tem empatia, nem moral e nem fidelidade à verdade", completou. Já Olivia Troye, que trabalhava como assistente do vice de Trump, Mike Pence, afirmou que "viu como Donald Trump minou a inteligência dos EUA, nossos líderes militares e, em última análise, o nosso processo democrático".

Três ex-democratas declararam voto em Trump

Robert F. Kennedy, sobrinho de JFK, suspendeu candidatura e apoia Trump. Kennedy tentou se candidatar pelo partido Democrata, mas não teve apoio e resolveu disputar a eleição de maneira independente, até suspender sua campanha na última semana. Ele criticou Kamala Harris e o antigo partido, afirmando que "a democracia se tornou nada mais que um slogan para nossa política, nossa mídia e para o partido Democrata".

Tulsi Gabbard também anunciou voto em Trump. Gabbard tentou se candidatar à presidência pelo Partido Democrata em 2020, mas perdeu nas primárias para Joe Biden e se afastou do partido. Em 2022, ela saiu oficialmente, justificando que foi pelo partido ser muito "woke", nome dado pelos conservadores quando algo ou alguém supostamente apoia políticas identitárias.

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Em convenção republicana, ex-democrata e prefeito de Dallas criticou partido. Eric Johnson, que era filiado aos democratas até novembro de 2023, disse: "Em questões de segurança pública, os democratas nunca estiveram presentes para mim, para as famílias de Dallas ou para o povo americano. O coração do Partido Democrata 'woke' de hoje está com os criminosos, não com suas vítimas".

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