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Líder da oposição critica pedido de prisão de González: 'Perderam a noção'

Foto de arquivo em que Mariá Corina fala ao lado do candidato presidencial da oposição Edmundo Gonzalez Imagem: Federico Parra / AFP

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, criticou o pedido de prisão contra Edmundo González, candidato que enfrentou Nicolás Maduro na disputa pela Presidência. A Justiça acatou o pedido do Ministério Público na noite desta segunda-feira (2).

O que aconteceu

María Corina escreveu nas redes sociais que "perderam a noção da realidade". "Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o presidente eleito, apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González".

O pedido de prisão foi feito pela Procuradoria-Geral em Caracas. O documento que solicita sua prisão, obtido pelo UOL, fala em crimes de conspiração e sabotagem ao sistema.

A manifestação do MP venezuelano ocorre depois que o opositor se fez ausente ao ser convocado pela terceira vez pela Justiça venezuelana. Ele responderia por usurpação de funções, falsificação de documento público, instigação à desobediência às leis, associação para cometer um crime e conspiração.

A investigação também mira o site lançado pela oposição com as supostas atas da eleição, nunca divulgadas oficialmente pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral). O portal mantido pelos oposicionistas mostra que González venceu a eleição.

Prazo vencido

O prazo de 30 dias previsto na Lei Orgânica dos Processos Eleitorais da Venezuela para publicação no Diário Oficial dos resultados da eleição venceu. Os dados da votação por mesa eleitoral ainda não foram divulgados publicamente.

Na decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que validou a vitória de Maduro, foi determinada a publicação dos dados no prazo estimulado pela legislação. De acordo com o artigo 155 da lei dos processos eleitorais, deve-se publicar as informações em 30 dias após a proclamação do vencedor, o que ocorreu no dia 29 de julho.

Na semana passada, o CNE informou que acataria a decisão do TSJ. "No lapso da lei, [o CNE] cumprirá com o ordenado pela Sala Eleitoral do TSJ", afirmou o Poder Eleitoral, em nota.

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