Sakamoto: EUA apreendem avião para fazer de conta que pressionam Maduro
A apreensão do avião de Maduro feita pelos EUA é insuficiente e quase um "faz de conta" para pressionar o ditador, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante o UOL News desta segunda-feira (2). O avião de Maduro rumo à Flórida foi apreendido hoje na República Dominicana.
Com isso [a apreensão do avião], os EUA lembram a Venezuela de que há sanções impostas contra o regime Maduro e pessoas ligadas a ele. Segundo os EUA, esse avião estaria à disposição da cúpula do regime e agora foi arrestado. Faz parte dos instrumentos que os EUA estão usando para pressionar o governo Maduro, para mostrar que a vida de Maduro não vai ser fácil de agora em diante. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
O problema é que isso é insuficiente para fazer as coisas voltarem aos trilhos democráticos na Venezuela. Infelizmente, até agora a gente não vê nenhuma saída. Há alguns malucos (...) que acham que o Brasil, EUA, União Europeia tinham que invadir a Venezuela. Seria um banho de sangue, respingaria em toda América do Sul. Não rola, não vai ser uma saída. Está se desenhando para a gente ter outro país como Cuba na América Latina. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto ironiza quem compara a situação do Maduro com Elon Musk e seu desrespeito a soberania do Brasil, descumprindo ordens judiciais.
É engraçado que já tem um pessoal fazendo comparação com a declaração de Musk, esquecendo que no caso do Maduro isso acontece porque os EUA têm um monte de embargos e sanções impostas contra o governo da Venezuela. E não tem sanções impostas contra o governo brasileiro, até porque são países amigos. Se você fez essa declaração, você é um terraplanista diplomático. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
O governo americano não reconhece o Maduro como vencedor da eleição, apesar de ter tido uma distensão nas negociações do Acordo de Barbados que permitiu a eleição presidencial na Venezuela, (...) mas não reconhece a vitória do governo Maduro. EUA estão em pé de disputa com o governo Maduro, não vão brigar nem invadir, mas rola uma pressão. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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