Oposição: Embaixada na Venezuela segue cercada e sem luz há mais de 30 h
Do UOL, em São Paulo, e colunista do UOL, em Nova York
07/09/2024 23h37Atualizada em 08/09/2024 08h56
A embaixada da Argentina em Caracas, na Venezuela, continuava sem eletricidade e cercada por agentes das forças de segurança do presidente venezuelano Nicolás Maduro no início deste domingo (8), segundo denúncia da oposição. Cerco já dura mais de 30 horas. O governo Maduro revogou hoje, de forma unilateral, a custódia do Brasil da embaixada argentina na Venezuela.
O que aconteceu
Agentes de Maduro continuavam bloqueando o acesso à sede diplomática. A informação foi divulgada nas redes sociais por Pedro Noselli, coordenador de internacional da líder opositora María Corina Machado e também asilado no local.
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No vídeo postado por Noselli é possível visualizar o que seriam viaturas com o giroflex ligado no entorno da embaixada. A publicação foi feita às 20h30 (horário local e 21h30 do horário de Brasília). Registros divulgados mais cedo mostram agentes encapuzados e armados ao redor da residência.
Outro asilado no local afirmou que o cerco à embaixada é uma "grave violação do direito internacional". Nas redes sociais, Omar Gonzalez Moreno, aliado de Corina e integrante da direção nacional do partido opositor Vente Venezuela, também denunciou a situação. Seis opositores venezuelanos, foragidos da justiça, estão asilados no local.
A Venezuela afirmou neste sábado (7) que decidiu revogar a custódia brasileira da embaixada da Argentina em Caracas. O governo Maduro alega ter "provas" de que o local está sendo usado para planejamento de atos "terroristas" e de "tentativas" de assassinato contra ele e sua vice, Delcy Rodríguez. As provas, no entanto, não foram apresentadas.