González na Espanha aumenta lista de rivais de Maduro fora da Venezuela
A chegada de Edmundo González à Espanha neste domingo (8) aumentou a lista de opositores de Nicolas Maduro que se encontram fora da Venezuela. Ao todo, pelo menos seis pessoas que se opunham ao governo estão em países como Colômbia, Estados Unidos e Itália.
O que aconteceu
González diz que venceu as eleições com quase 70% dos votos. Porém, a justiça eleitoral da Venezuela proclamou a vitória de Maduro, em meio a suspeitas de manipulação do resultado. No último dia 2, González se tornou alvo de um mandado de prisão, após ignorar convocações do Ministério Público para depor.
Reconhecido como presidente venezuelano por EUA e outros países em 2019, Juan Guaidó está em Miami desde abril de 2023. Naquele mês, ele saiu à pé da Venezuela para uma conferência em Bogotá, mas o governo da Colômbia considerou ilegal sua entrada no país — o que forçou sua ida para os Estados Unidos.
Ex-chefe de inteligência foi extraditado da Europa para América do Norte. Em 2019, Hugo Carvajal anunciou apoio a Guaidó e deixou a Venezuela. De lá, seguiu para República Dominicana e, depois, para Espanha — onde foi preso. Nos Estados Unidos, ele é acusado por narcoterrorismo e tráfico de drogas e armas.
Líder de protestos contra Maduro foi condenado por "incitação à violência". Leopoldo López foi preso em 2014 e colocado em liberdade provisória três anos depois. Apontado como mentor de Guaidó, ele se refugiou nas embaixadas do Chile e da Espanha em 2019. No ano seguinte, deixou Caracas rumo a Madri.
Chefe de petroleira estatal acusado de corrupção vive hoje na Itália. Destituído por "trair o legado" de Chávez em 2013, Rafael Ramírez foi acusado de "desvio fraudulento próprio, evasão de procedimento licitatório e associação criminosa" pela Justiça da Venezuela, que pediu (sem sucesso) sua extradição em 2022.
Presidente por um dia, Pedro Carmona está na Colômbia há 22 anos. Em abril de 2002, ele tomou posse após uma tentativa de golpe contra Hugo Chávez — mas renunciou em seguida por pressão de militares. Para especialistas, o episódio deu legitimidade internacional a Chávez e enfraqueceu a oposição no país.
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