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Kamala ligou para Trump após ameaça de atentado: 'Grata por estar a salvo'

Do UOL, em São Paulo

17/09/2024 18h34Atualizada em 17/09/2024 22h27

A democrata Kamala Harris afirmou que ligou para Donald Trump após o republicano ser alvo de uma nova tentativa de atentado contra sua vida, no último domingo (15). A declaração foi dada durante entrevista à Associação Nacional de Jornalistas Negros, na Filadélfia.

O que aconteceu

Casa Branca informou que Kamala está "grata por ele estar a salvo". Mais cedo, a sede do governo americano emitiu um comunicado dizendo que a conversa foi "breve e cordial".

Kamala disse também ter confiança no Serviço Secreto. Questionada sobre a capacidade de proteção do Serviço Secreto americano, Harris disse confiar na segurança, mas afirmou que "isso não muda a minha perspectiva sobre a importância de lutar pela segurança de todos no nosso país".

Eu o liguei para ver se estava bem, e disse o que falei publicamente: não há lugar para violência política em nosso país. Estou nesta eleição e nesta corrida por muitas razões, incluindo lutar por nossa democracia. E em uma democracia, não há lugar para violência política. Nós podemos e devemos ter debates saudáveis, discussões e desacordos, mas não recorrer à violência para resolver essas questões.
Kamala Harris, em comício nesta terça-feira (17)

Atirador não tinha Trump na linha de visão, diz Serviço Secreto

Ryan Wesley Routh não atirou contra os agentes, acrescentou o porta-voz do Serviço Secreto, Ronald Rowe Jr.

A investigação ainda apura se o homem agiu sozinho. "Nossa investigação determinará isso", disse Jeffrey B. Veltri, porta-voz do FBI. "No momento, não temos informações de que ele agiu com outra pessoa", acrescentou.

Em meio a críticas pela nova tentativa de assassinato, os representantes das forças de segurança defenderam a operação. "O que fizemos ontem prova que o sistema pode funcionar porque o suspeito nem chegou perto de disparar uma bala e nós o prendemos e o levamos à Justiça", disse o xerife do Condado de Palm Beach, Ric Bradshaw.

O FBI solicitou mandados de busca e apreensão para acessar eletrônicos ligados a Routh. As autoridades querem analisar um dispositivo de gravação de vídeo, celulares, além de um veículo. Familiares e ex-colegas do suspeito estão sendo ouvidos.

Ronald Rowe Jr. também afirmou que falou com Trump e que o ex-presidente "se sente seguro". Segundo o diretor interino do Serviço Secreto, após o primeiro atentado ao republicano, o atual presidente, Joe Biden, já havia pedido "os mais altos níveis de proteção" para os candidatos à Casa Branca. Ele garantiu que esse reforço estava presente no domingo.

Durante a coletiva, o diretor interino do Serviço Secreto ainda reforçou a fala de Biden sobre a agência precisar de mais investimento. "Sucesso, temos que ter todos os dias. Não podemos ter fracassos. E para fazer isso, teremos algumas conversas difíceis com o Congresso e vamos conseguir isso".

Tentativa de assassinato

Donald Trump foi alvo do que "parece ser uma tentativa de assassinato". O alerta foi emitido pelo FBI, ao descrever o que ocorreu no domingo no campo de golfe do republicano.

Trump foi colocado em um local de segurança, depois que tiros foram registrados em sua vizinhança na Flórida.

O Serviço Secreto confirmou que tiros foram registrados e que o caso está sendo investigado. As forças de ordem também indicaram que o candidato estava em segurança. "Vivemos tempos perigosos", afirmou o agente do Serviço Secreto Rafael Barros.

O próprio candidato, que estava jogando golfe com um amigo, confirmou que estava bem. "Tiros na minha vizinhança, mas, antes que os rumores comecem a sair do controle, eu queria que você ouvisse isso primeiro: EU ESTOU SEGURO E BEM!", disse. "Eu NUNCA me renderei", reforçou o candidato, que ainda conversou com alguns de seus principais aliados.

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