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Mortos em ataque do Hamas no 7/10 são homenageados com velas e orações

Israelenses se reuniram em Tel Aviv na véspera do primeiro aniversário do ataque do grupo Hamas Imagem: 7 de outubro de 2024. REUTERS/Ronen Zvulun

Do UOL, em São Paulo

07/10/2024 05h03Atualizada em 07/10/2024 05h03

Centenas de israelenses se reuniram, neste domingo (6), em Tel Aviv na véspera do primeiro aniversário do ataque do grupo Hamas contra Israel em 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza.

O que aconteceu

A cerimônia foi organizada em uma casa de shows em homenagem com orações e música, às vítimas do festival Nova. O local foi alvo de combatentes do Hamas e, durante a ação, mataram pelo menos 370 pessoas, segundo dados israelenses.

Fotos das vítimas foram projetadas em um telão, enquanto os participantes acendiam velas, escreviam mensagens ou se abraçavam em silêncio.

Vir a este ato um ano depois deste terrível massacre que ocorreu em 7 de outubro é muito emocionante, é muito assustador
Solly Laniado, um dos organizadores do evento

Além da guerra contra o Hamas em Gaza, Israel lançou este mês uma sequência de bombardeios mortais contra redutos do Hezbollah no Líbano. Esta semana, também sofreu um ataque do Irã, que lançou cerca de 181 mísseis contra o território israelense em resposta às mortes do chefe do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, em Beirute, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.

"É um dia difícil", afirmou Omri Sasi, de 35 anos, um dos produtores do festival Nova que sobreviveu ao ataque. Naquele dia, ele perdeu cerca de 50 amigos, inclusive um tio, uma prima grávida e o marido dela. O festival acontecia em campos aos arredores do kibutz Reim, no deserto do Neguev, no sul de Israel.

Em 7 de outubro de 2023, membros do Hamas entraram no sul de Israel, matando quem encontraram pelo caminho. Morreram mais de 1.200 pessoas e 251 pessoas foram sequestradas, das quais 97 seguem cativas em Gaza e 37 teriam morrido, segundo o exército israelense.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel estava "em guerra" e que o objetivo era destruir o Hamas. Desde então, a ofensiva resultou em mais de 42 mil mortos, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde do território palestino, cujos dados são considerados confiáveis pela ONU.

"Um ano se passou desde que a vida parou, os céus escureceram e todos nós testemunhamos a crueldade monstruosa do inimigo que buscava trazer destruição ao povo judeu, ao Estado de Israel e à sociedade israelense", disse o presidente de Israel, Isaac Herzog, que prometeu "abrir espaço para o luto nacional".

Apoiador de Netanyahu, o presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama Jill Biden devem participar de uma cerimônia acendendo velas em memória ao Yahrzeit na manhã de hoje para marcar o aniversário de um ano do ataque terrorista do Hamas.

Israel diz que "não vai parar"

O Hamas disse que o ataque "destruiu as ilusões" dos israelenses. "A travessia do glorioso dia 7 de outubro destruiu as ilusões que o inimigo havia criado para si mesmo, convencendo o mundo e a região de sua suposta superioridade e capacidades", afirmou Khalil al-Hayya, membro do Hamas em uma declaração em vídeo.

Israel garante que acabou com a "ala militar" do grupo palestino. "E continuamos a lutar contra as capacidades terroristas da organização. Nós demos um golpe severo ao Hezbollah, que perdeu toda a sua liderança principal. Não vamos parar - nós lutamos, informamos, aprendemos e melhoramos".

Tel Aviv ainda admite que falhou durante o ataque há um ano. "Um ano se passou desde 7 de outubro, o dia em que falhamos em nossa missão de proteger os cidadãos do Estado de Israel.

Com AFP.

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