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Suspeito de matar brasileira em Lisboa é alvo de mandado internacional

O taxista Bruno Neto, a esposa dele, a brasileira Fernanda Júlia, foram mortos em Portugal Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

07/10/2024 19h45Atualizada em 07/10/2024 20h31

A Justiça portuguesa emitiu mandado de prisão internacional contra Fernando Silva, suspeito de matar uma brasileira grávida, o marido dela e um barbeiro durante um ataque a tiros na semana passada em Lisboa.

O que aconteceu

Dois familiares que teriam ajudado Fernando a fugir também são procurados pela polícia. As informações são do jornal português Expresso, conforme o Diário de Notícias. Não foi informado se mandados de prisão internacional também foram emitidos contra os dois supostos comparsas do suspeito.

Ainda não há informações sobre a exata motivação do crime. Alguns veículos da mídia portuguesa apontam que Fernando teria ido cortar o cabelo na barbearia de uma das vítimas, Carlos Pina, teria se recusado a fazer o trabalho no cliente. Então, o suspeito teria ido buscar uma pistola no automóvel e disparado contra o dono da barbearia. Ao deixar o estabelecimento, ele teria avistado o casal na porta do estabelecimento e atirado neles também.

Relembre o caso

A brasileira grávida, o marido dela e um barbeiro foram mortos a tiros na quarta-feira (2) em Lisboa, em Portugal. A gestante e marido dela foram atingidos na frente da barbearia. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram ao menos quatro policiais atendendo a ocorrência na rua. Já o barbeiro Carlos Pina, de 43 anos, foi baleado dentro do próprio estabelecimento, conforme o jornal português Público.

A brasileira Fernanda Júlia, 33, e o marido dela, o taxista Bruno Neto, eram amigos e clientes do barbeiro. Informações iniciais indicam que o casal teria passado pelo estabelecimento e decidiram cumprimentar o colega, quando também foram atingidos pelos tiros. Eles haviam deixado o automóvel deles em um lava-rápido ao lado do comércio do amigo. O bebê que Fernanda esperava também não resistiu e morreu. A mulher, que era natural de Minas Gerais, estava com o teste positivo para gravidez no bolso do casaco quando foi assassinada.

Informações iniciais indicam que o crime ocorreu por motivos fúteis e sem planejamento prévio. Suspeito de ser o atirador tem mais de 30 anos e seria morador do bairro onde a barbearia fica localizada. O homem seria cliente de Carlos.

Duas das vítimas teriam sido mortas com tiros na cabeça. Outro barbeiro teria presenciado a ação criminosa, mas conseguiu fugir do local. Uma fonte oficial confirmou ao jornal português Correio da Manhã que, após o ataque, o atirador e dois homens teriam fugido a pé para a região da estação ferroviária de Santa Apolônia.

Depois, o suposto atirador e dois familiares, já conhecidos pelas autoridades, teriam fugido de carro. A placa do veículo já foi identificada pelas autoridades. Eles são procurados pela polícia.

Casal deixa uma filha de cinco anos. Conforme apurado pela reportagem, Fernanda também é mãe de um menino de um relacionamento anterior. Já o barbeiro deixou cinco filhos, um ainda bebê, segundo o Público. Bruno era português, segundo o blog Portugal Giro, do jornal O Globo.

Moradores relataram que o socorro médico demorou para atender a ocorrência. Em entrevista ao Correio, um morador — não identificado — disse que pessoas que estavam no local precisaram correr atrás de uma polícia para solicitar que eles ajudassem no caso.

Os primeiros socorros teriam sido realizados pelos policiais que atenderam a ocorrência. O jornal português Público apurou que os agentes do Inem (Instituto Nacional de Emergência Médica) teriam chegado ao local apenas 40 minutos depois do ataque. Procurado, o instituto afirmou que trabalha "em articulação com as forças de segurança".

Ao UOL, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que, através do Consulado-Geral do país em Lisboa, "permanece à disposição dos familiares da vítima para prestar a assistência consular cabível". "Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros", finalizou.

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