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Vídeo: Furacão Milton é flagrado de novo por astronauta da Estação Espacial

Do UOL, em São Paulo

09/10/2024 21h29Atualizada em 10/10/2024 10h24

Um astronauta voltou a gravar nesta quarta-feira (9) o furacão Milton a partir da Estação Espacial Internacional. O furacão Milton está "crescendo" à medida que se aproxima da costa oeste da Flórida, segundo boletim divulgado pelo NHC (Centro Nacional de Furacões).

O que aconteceu

O vídeo foi registrado pelo astronauta Matthew Dominick e publicado pela Nasa. Ele se apresentou para o serviço na Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) em agosto de 2017 e completou dois anos de treinamento como candidato a astronauta. Matthew foi lançado para a Estação Espacial Internacional — ISS, na sigla em inglês — em 3 de março de 2024 como comandante de uma missão e serve como engenheiro de voo a bordo do laboratório orbital. Ele passará aproximadamente seis meses conduzindo experimentos científicos e mantendo a estação espacial.

O registro foi feito na manhã desta quarta-feira (9). O time-lapse foi realizado enquanto a Estação Espacial Internacional passava sobre o Golfo do México. Um dia antes, o astronauta já havia feito um registro semelhante.

Matthew está na nave espacial Dragon Endeavour da SpaceX, que atracou na estação após levar o astronauta e seus companheiros de tripulação para a órbita. "O furacão Milton trará condições perigosas para a Flórida a partir deste 9 de outubro. Por favor, fique seguro e certifique-se de receber alertas críticos que salvam vidas de várias maneiras", finalizou a Nasa.

Furacão Milton tem potencial destrutivo

Órgão que monitora furacões nos EUA diz que Milton tem potencial destrutivo. Os ventos com força de furacão se estendem até 56 quilômetros de distância do centro, e os ventos com força de tempestade tropical, até 419 quilômetros, segundo a rede de TV WPTV, afiliada da NBC na Flórida. O furacão está atualmente a cerca de 32 km de distância da costa, a sudoeste de Tampa. A expectativa é que o fenômeno chegue ao continente entre o fim da noite de hoje e as primeiras horas da madrugada.

Milton foi reclassificado para a categoria 3, com rajadas de ventos a 201 km/h, nesta quarta-feira (9). Algumas horas antes, a força dos ventos chegava a 209 km/h. Para ser considerado furacão, são necessárias algumas características específicas, como a origem tropical e a velocidade dos ventos superior a 119 km/h.

Furacão Milton se intensificou rapidamente entre domingo (6) e segunda-feira (7). A velocidade dos seus ventos chegou a 289 km/h, um aumento de 140 km/h em menos de 24 horas. A sua intensificação foi classificado por meteorologistas como "algo quase sem precedentes".

Apenas dois furacões se fortaleceram mais rápido que Milton, conforme relatou a CNN. Foram eles: Wilma — que atingiu Cuba, Haiti e os EUA, em 2005, e aumentou 177 km/h em um período de 24 horas — e Felix — que passou pela América Central, em 2007, e registrou aumento dos ventos em 160 km/h em apenas um dia.

Lista de países na rota de tufões e furacões

Os Estados Unidos constam como uma das nações mais afetadas por furacões. México, Cuba, Bahamas, Filipinas, Japão e Taiwan também aparecem em relatórios da NOAA e outras agências de monitoramento climático, como o NHC (Centro Nacional de Furacões, em inglês) e o Centro de Previsão de Tufões.

Furacão e tufão são nomes diferentes, mas o fenômeno é o mesmo. Isso está relacionado à localização do surgimento do evento: toda tempestade tropical superior à velocidade de 119 km/h que surge no Oceano Atlântico é chamada de furacão, e no Oceano Pacífico, de tufão.

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