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Netanyahu diz que guerra não acaba com morte de líder do Hamas

Orimeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas Imagem: SPENCER PLATT/Getty Images via AFP

Do UOL, em São Paulo

17/10/2024 14h49Atualizada em 17/10/2024 15h07

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que "a guerra não acabou" em primeiro pronunciamento após o exército do país matar Yahya Sinwar, líder do grupo extremista Hamas. A morte foi confirmada nesta quinta-feira (17).

O que aconteceu

"Vamos continuar com toda a força". Em seu discurso, o primeiro-ministro disse que as incursões seguirão até que todos os reféns sejam resgatados.

No momento, Israel contabiliza 101 pessoas reféns em Gaza. 97 desses foram sequestrados no dia 7 de outubro. "Libertem-os e deixaremos vocês viverem", disse.

"Hamas não irá mais governar Gaza". Netanyahu também afirmou que a morte de Yahya é a "oportunidade para que os residentes de Gaza se libertem da tirania".

"Sinwar disse que era um leão, mas estava escondido na escuridão". Segundo Netanyahu, o líder do Hamas foi morto ao "tentar fugir, em pânico, dos nossos soldados".

Sinwar foi eliminado, mas a missão ainda não acabou e precisamos resgatar os sequestrados.
Benjamin Netanyahu, em pronunciamento

Ministro israelense publicou foto de Yahya morto Imagem: Reprodução de redes sociais

Sinwar estava com outros dois membros do Hamas em Tal as Sultan, perto de Rafah, no sul do enclave, quando foi morto, segundo Israel. As Forças de Defesa afirmaram que os soldados mataram três homens armados e só desconfiaram da identidade do líder do Hamas após o assassinato.

O líder do Hamas é apontado como "arquiteto" do ataque terrorista de 7 outubro. Segundo o canal Al Jazeera, ele era considerado "inimigo número 1" de Israel desde então.

Fotos do corpo do líder do Hamas foram compartilhadas por ministro de estado. Em publicação nas redes sociais, Eli Cohen afirmou que Yahya "assinou a certidão de óbito em 7 de outubro".

Quem é Yahya Sinwar

O líder do Hamas tem 62 anos e nasceu em Khan Younis. Ele se uniu ao grupo extremista em 1987, pouco após a fundação do Hamas.

Pais dele foram alocados para campo de refugiados após criação de Israel. Eles eram moradores de Majdal Askalan, que tornou-se Ashkelon em 1948.

Yahya Sinwar, em 1º de outubro de 2022 Imagem: MAHMUD HAMS/AFP

Condenado a 426 anos de prisão. Sinwar foi preso diversas vezes pelas Forças de Defesa de Israel por envolvimento na captura e no assassinato de soldados israelenses e de palestinos suspeitos de espionagem para o país vizinho.

Ele foi solto em um acordo de troca de prisioneiros em 2011. Durante seus 23 anos preso, ele aprendeu hebraico e se aprofundou em assuntos de política interna do país.

Sinwar assumiu a liderança do grupo em 2017 no lugar de Ismail Haniyeh, morto em Teerã. O antigo líder do grupo extremista foi assassinado no fim de julho, quando cumpria agenda no Irã.

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