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OPINIÃO

Tom Hanks e Taylor Swift atacados: Tales Faria explica pensamento trumpista

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/11/2024 13h18

É muito difícil para um trumpista conviver com o pensamento artístico, explicou o colunista Tales Faria no UOL News desta quarta-feira (6).

Diversos artistas e celebridades que haviam declarado seu apoio à candidata Kamala Harris estão sofrendo ataques nas redes sociais após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos.

A democrata recebeu apoio das cantoras Taylor Swift, Beyoncé, Eminem e Cher, além dos atores Tom Hanks, Leonardo DiCaprio, Julia Roberts e George Clooney. Todos estão sendo cobrados nas redes por apoiadores de Trump, que exigem que os apoiadores deixem o país.

Eles fazem isso, olha, não conseguimos conviver com vocês, vocês precisam sair do país, vocês precisam sumir da nossa presença. É o único jeito que o ultraconservador tem para lidar. Com esse tipo de pensamento aberto às diversas possibilidades de progressão da humanidade, do ser humano, até da economia, de tudo. É muito difícil para um trumpista, para um bolsonarista, conviver com o pensamento artístico amplo.

A visão de mundo de um artista, em tese, não pode ser ultraconservadora. Acho muito difícil um artista ser ultraconservador. Porque a arte inclui você estar pensando à frente, você estar pensando o progresso da sociedade, até em termos de costumes. E quando entra então na questão dos costumes, aí é que fica incompatível o relacionamento de um ultraconservador como o Trump, ou como o Bolsonaro, com o pensamento artístico.

Outro dia eu estava me perguntando como um cantor faz sucesso. Por que que um faz sucesso e outro não faz? Faz sucesso quando ele aparece com uma voz nova, com um jeito novo de cantar, com uma disrupção em relação aos modos anteriores. A arte é isso. Chama a atenção para o produto da arte quando ela rompe o passado, não quando ela mantém o passado. E isso torna muito difícil o convívio do trumpismo com os artistas.
Tales Faria, colunista do UOL

Jamil: Medidas de Trump podem elevar inflação nos EUA e afetar Brasil

Os planos de Donald Trump para a economia dos Estados Unidos podem causar a alta da inflação no país e respingar no Brasil, disse o colunista Jamil Chade no UOL News desta quarta (6).

As medidas planejadas por Trump para a economia americana são inflacionárias. A ideia é proteger o mercado, colocando tarifas contra produtos estrangeiros. Quando se faz isso, as mercadorias de fora não têm como entrar ou entram com preço mais elevado e, claro, existe um acréscimo nos preços internos.

Sim, isso é considerado como potencial fator de inflação nos EUA. Se isso acontecer, sabemos que o Fed [Federal Reserve, banco central dos EUA] terá que agir e elevar a taxa de juros. Se o Fed elevar a taxa de juros, sabemos o que acontece no Brasil.
Jamil Chade, colunista do UOL

Assista ao comentário:

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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