Como é o bombardeiro dos EUA que testou força na 'porta' da Coreia do Norte
Colaboração para o UOL
08/11/2024 05h30
Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul realizaram exercícios militares conjuntos no sul da península coreana no domingo em resposta ao lançamento de um novo míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte. Entre outras aeronaves, participou do exercício militar um bombardeiro B-1B dos EUA.
Como é o bombardeiro americano
O B-1B Lancer custa cerca de US$ 317 milhões (R$ 1,8 bilhão). Segundo informações da Força Aérea dos EUA, a aeronave é um bombardeiro pesado supersônico conhecido por sua alta velocidade e comporta tripulação de quatro pessoas (comandante da aeronave, copiloto e dois oficiais de sistemas de combate).
O modelo tem a capacidade de transportar a maior carga de armas convencionais, tanto guiadas quanto não guiadas. Ele pode, com agilidade, lançar grande quantidade de armamentos de precisão e de ataque convencional em qualquer lugar do mundo. Pode transportar até 34 mil kg de munição, incluindo armas convencionais e guiadas com precisão.
O B-1B detém quase 50 recordes mundiais em sua classe, abrangendo velocidade, carga útil, alcance e tempo de subida. A Associação Aeronáutica Nacional (NAA) reconheceu o bombardeiro por realizar um dos 10 voos mais memoráveis de 1994. Os recordes mais recentes foram oficializados em 2004.
O B-1B é uma versão melhorada do bombardeiro B-1A, que foi inicialmente desenvolvido na década de 1970 como um substituto para o B-52. O B-1B foi desenvolvido durante o mandato do presidente americano Ronald Reagan, a partir de 1981. As principais modificações incluíram uma estrutura adicional para aumentar a carga útil e um radar aprimorado.
O primeiro B-1 produzido voou em outubro de 1984. Já o primeiro B-1B foi entregue à Base Aérea de Dyess, no Texas, em junho de 1985. A capacidade operacional inicial foi alcançada em 1º de outubro de 1986, e o último B-1B foi entregue em 2 de maio de 1988.
O B-1B foi usado pela primeira vez em combate durante a Operação Desert Fox, em dezembro de 1998, em apoio às operações contra o Iraque. Em 1999, seis B-1s participaram da Operação Allied Force, entregando mais de 20% do total de munições, apesar de representarem menos de 2% das missões de combate realizadas.
O exercício militar
Aeronaves da Coreia do Sul e do Japão acompanharam o bombardeiro americano até uma área ao sul da península coreana. O recente lançamento acontece em um momento em que a comunidade internacional observa um possível envio de milhares de soldados da Coreia do Norte à Rússia para auxiliar na guerra contra a Ucrânia.
Segundo o exército sul-coreano, participaram da manobra o bombardeiro B-1B dos EUA, caças sul-coreanos F-15K e KF-16 e aviões japoneses F-2. "O exercício demonstra o compromisso da aliança Coreia-EUA para responder às ameaças nucleares e de mísseis norte-coreanas", disse o Estado-Maior Conjunto sul-coreano, em um comunicado.