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Entenda o acordo que pode dar fim ao conflito entre Líbano e Israel

Fumaça é vista após ataque aéreo de Israel contra região sul de Beirute, no Líbano Imagem: AFP

Colaboração para o UOL*

26/11/2024 05h30

O Conselho de Segurança israelense poderá anunciar uma pausa no conflito com o Líbano nesta terça-feira (26), após o país aceitar a mediação dos Estados Unidos.

O que aconteceu

A decisão vem após uma reunião de segurança na noite deste domingo (24). A ONU também pediu que "as duas partes aceitem o cessar-fogo".

O acordo de cessar-fogo na frente libanesa tem três fases:

  • Primeira: Estabelece a interrupção dos combates e a retirada do Hezbollah do sul do Líbano. Há possibilidade de ser colocada em prática ainda nesta semana;
  • Segunda: As tropas israelenses deverão deixar o território libanês;
  • Terceira: Propõe negociações para definir a fronteira entre os dois países.

As discussões sobre uma possível pausa nos combates ocorreram após um dos dias mais intensos desde o início da guerra. Neste domingo (24), quase 300 foguetes foram disparados contra Israel, que enviou um milhão de israelenses para abrigos.

Contudo, para o governo de Benjamin Netanyahu, as negociações de cessar-fogo devem ser conduzidas apenas pelos Estados Unidos. Israel recusa que a França assuma um papel importante nas discussões após as críticas do governo francês em relação à ofensiva em Gaza, que desagradaram ao Estado judeu.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, pediu no domingo o fim dos combates entre os dois países. "Vemos apenas um caminho possível: um cessar-fogo imediato e a plena implementação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU", disse Borrell após conversas com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, e o presidente do Parlamento, Nabih Berri.

Novos bombardeios

Inúmeros ataques israelenses, particularmente nos subúrbios do sul de Beirute, aconteceram no final de semana. Houve doze apenas na noite de domingo. Nesta segunda-feira (25), Israel bombardeou novamente os subúrbios no sul da cidade, após o Exército israelense emitir um alerta para evacuar a área. De acordo com o Exército israelense, a força aérea "realizou bombardeios baseados em inteligência contra vários centros de comando do Hezbollah" nesta área.

O Hezbollah assumiu a responsabilidade por 50 ataques contra tropas israelenses, posições militares e cidades do outro lado da fronteira no domingo. Pelo menos 250 projéteis foram lançados contra seu território, segundo o Exército israelense.

Em 23 de setembro, Israel intensificou a campanha de bombardeios no Líbano. O alvo principal foram redutos do Hezbollah. Houve também envio de tropas terrestres através da fronteira.

Desde outubro de 2023, o conflito deixou pelo menos 3.754 mortos no Líbano, segundo o Ministério da Saúde. Do lado israelense, as autoridades anunciaram a morte de pelo menos 82 soldados e 47 civis.

*Com informações de AFP, RFI e Reuters

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