Mulher que matou marido e tentou culpar filha pega prisão perpétua nos EUA
Do UOL, em São Paulo
27/11/2024 23h00Atualizada em 27/11/2024 23h00
Uma mulher presa por matar o marido, enterrá-lo no quintal da residência da família e tentar culpar a filha de 7 anos foi condenada à prisão perpétua na terça-feira (26) na Flórida, nos Estados Unidos.
O que aconteceu
Laurie Shaver, 41, não esboçou reação durante a leitura da sentença dela. Em setembro, um júri de seis pessoas consideraram a mulher culpada por homicídio em segundo grau de Michael Shaver, 36, em 2015. Apenas na terça, um magistrado leu a sentença com a decisão da justiça.
Durante o julgamento, a mulher disse que a vítima era um marido abusivo. A garota, hoje adolescente, testemunhou em defesa da mãe durante o julgamento. "Eu atirei nele", disse a jovem em setembro. Na ocasião, ela respondeu positivamente quando o advogado da mãe a questionou sobre disparar contra Michael porque, caso contrário, ele teria matado a genitora, informou a estação de televisão FOX 35 Orlando.
Mulher foi presa pelo crime em 2020, mas em 2023, o seu advogado afirmou que a filha dela, então com 7 anos, atirou na vítima, segundo a People. À época, um promotor disse que não havia "nenhuma evidência confiável apoiando as alegações feitas sobre o envolvimento da criança" no crime, divulgou a estação de televisão WESH. A promotoria ainda acrescentou que as declarações anteriores da menina contradiziam as recentes alegações da defesa da mulher.
Condenada chegou a falar no julgamento que o casal brigou antes de ele ser baleado e morto.
"Embora a justiça possa oferecer algum consolo, ela não irá curar as feridas." A fala foi proferida pelo irmão de Michael, Brian Shaver, durante o julgamento, acrescentando que a mulher provocou um vazio imensurável na vida da família da vítima.
O crime
A vítima foi vista pela última vez em novembro de 2015. Porém, o corpo dele só foi achado enrolado em um lençol e preso com tiras em 9 de março de 2018.
O cadáver estava enterrado sob uma fogueira no quintal da residência onde ele vivia com a família na cidade de Clermont, na Flórida. As buscas pelo corpo só ocorreram depois que um amigo da vítima relatou o seu desaparecimento e a polícia fez uma busca na casa.
Legista apontou que a vítima morreu com um tiro na parte de trás da cabeça.
Autoridades apontaram que Laurie se passou por Michael e enviou mensagens de texto e no Facebook para conhecidos após matá-lo. Ela também teria contado para amigos que o homem abandonou a família e viajou para outros estados. Transações financeiras nas contas do homem não eram feitas desde o final de 2015.
Laurie foi presa em 2020. Em setembro do mesmo ano, ela foi acusada de homicídio em segundo grau, violência doméstica e cúmplice do desaparecimento e morte do marido.