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'Explodir sionistas': Jogo brasileiro é banido por recriar ataque do Hamas

Fursan al-Aqsa: The Knights of the Al-Aqsa Mosque Imagem: Reprodução / Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

27/11/2024 12h05Atualizada em 27/11/2024 12h05

A Polícia Antiterrorista britânica bloqueou um jogo, criado por um brasileiro-palestino, que permite aos jogadores recriarem os ataques do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 contra Israel.

O que aconteceu

Autoridades ordenaram que o Steam, mercado de videogames online, removesse o Fursan al-Aqsa: The Knights of the Al-Aqsa Mosque de sua loja no Reino Unido. O jogo, no entanto, ainda está disponível para compra nos EUA e foi lançado na plataforma em 2022.

Os usuários poderiam recriar algumas cenas do ataque do Hamas. Apesar de não haver menção explícita ao grupo extremista, os avatares voavam de parapente motorizados em uma base do exército israelense e matava os soldados - assim como aconteceu no ataque em 2023.

O trailer do jogo incluía um texto que perguntava: "Onde estão aqueles que carregam os cintos explosivos? Eu quero um cinto explosivo para me explodir sobre os sionistas!".

No site da Steam, o desenvolvedor Nidal Nijim comentou sobre o banimento no país. Ele afirmou que a decisão ocorre devido ao ''seu posicionamento político sobre o conflito entre a Palestina e Israel''. O brasileiro teria sido informado sobre o bloqueio por meio de um e-mail enviado pelo próprio mercado de videogame.

Brasileiro disse temer que sua criação também seja bloqueada nos EUA caso seja considerada propaganda terrorista. ''A Operação al-Aqsa Flood permite que você reviva o dia icônico em que a corajosa Resistência Palestina humilhou as Forças Militares Israelenses'', finalizou ao encorajar os usuários comprarem o videogame ainda enquanto estiver disponível.

A polícia britânica se recusou a comentar sobre o caso. "O CTIRU trabalha em estreita colaboração com uma série de provedores de tecnologia, mídia social e serviços online, mas não comentamos sobre conteúdo específico ou qualquer comunicação que possamos ter com plataformas ou provedores específicos", disse o Policiamento Antiterrorismo ao site 404 Media.

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