Poder de pressão de Trump sobre Netanyahu ajudou cessar-fogo, diz professor
A mudança de posição do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que decidiu chegar a um acordo de cessar-fogo com o grupo Hamas, se deve à eleição do presidente americano, Donald Trump, avaliou o professor de Relações Internacionais Paulo Velasco no UOL News desta quarta-feira (15).
O governo Netanyahu tem alas mais à direita, mais extremistas, que não querem efetivamente a saída do território com derrota, uma captura completa do Hamas. Então, certamente, essa mudança de posição de Netanyahu após oito meses, desde que o acordo foi rascunhado e proposto, deve-se muito a um fato novo, e esse fato novo é a eleição do Trump.
O Trump não quer assumir a Casa Branca na próxima segunda-feira herdando esse conflito na Faixa de Gaza. Por isso, ele pressionou o governo Netanyahu. E podemos afirmar, sem nenhum tipo de temor, que o poder de barganho, o poder de influência e de pressão do Trump sobre Netanyahu é infinitamente maior do poder que Biden vinha mantendo. Paulo Velasco, professor de Relações Internacionais
O anúncio de acordo entre Israel e Hamas foi feito na tarde de hoje. Foram 15 meses de guerra e mais de 45 mil mortos depois. O pacto, negociado com a participação do Qatar, prevê a troca de reféns e prisioneiros em diferentes etapas, assim como a desocupação gradual da Faixa de Gaza por parte das tropas israelenses.
Após a divulgação do acordo, Trump comemorou dizendo que apontou que a paz "apenas aconteceu" devido à sua vitória nas eleições presidenciais de novembro do ano passado.
O Netanyahu se via, até pouco tempo atrás, refém dessa ala mais à direita, mais conservadora temendo que isso pudesse provocar o fim prematuro do seu governo. Hoje, eu acho que ele se sente um pouco mais confiante, especialmente pelo diálogo direto que ele tem com o Donald Trump também, além do que essa possibilidade de retorno dos reféns, que será claro em distintas fases, mas isso melhora um pouco a posição dele para dentro. Paulo Velasco, professor de Relações Internacionais
Andreza: 'Governo terá de rebolar no caso do Pix'
No UOL News, a colunista Andreza Matais afirmou que o governo Lula terá de rebolar para recuperar a credibilidade que perdeu após a revogação das mudanças do Pix.
São medidas inócuas e acredito que o governo está falando que vai mandar MP [medida provisória] só para tentar disfarçar um pouco a ideia e colocar esse assunto debaixo do tapete. Então, o governo vai ter que rebolar para tentar recuperar a credibilidade que perdeu e tentar desviar desse assunto do Pix, porque nesse assunto ele já perdeu.
O vídeo do Nicolas [Ferreira] já atingiu hoje 53 milhões de views [visualizações]. E o problema maior, já encerrando aqui, é que o PT não tem um 'Nicolas' para chamar de seu. Tinha ali o Janones na campanha, mas eles limaram o Janones. Não tem ninguém que possa fazer esse trabalho aí nas redes sociais que o Nicolas tem.
O Nicolas tem esse impacto, ele faz vídeos dessa forma já há muito tempo, eu acompanho ele ali nas redes sociais com atenção, porque ele é um personagem da política é importante hoje ali no âmbito da direita, ele é o político que tem mais entrada ali nas redes sociais, muito mais do que do ex-presidente Bolsonaro
Então, o governo pode dizer 50 vezes que vai cobrar imposto, que não vai taxar o PIX, mas não vai adiantar... as pessoas vão desconfiar de que vai, como aconteceu com as blusinhas e tal. Andreza Matais, colunista do UOL
Tales: 'Governo precisa mostrar que sonegadores defendem fake news'
No UOL News, o colunista Tales Faria afirmou que o governo Lula falha ao não mostrar que os sonegadores são aqueles que mais defendem as mentiras propagadas sobre o Pix.
A turma do andar de baixo não sonega e é acostumada a pagar. Quem sonega é quem ganha mais, e isso precisava estar na cabeça das pessoas. Era preciso que todas as campanhas de comunicação colocassem isso.
Os parlamentares que defendem sonegação e atacam mais essa questão são os mesmos que vivem dando voltinhas e fazendo rachadinhas, que são uma forma de sonegar. Esses mesmos que criam a fake news do Pix eram os mesmos que faziam rachadinha e sonegam. Isso tem que estar claro e a população precisa ver.
A comunicação do governo tem que tratar disso, mas não está. Precisa mostrar até com memes na internet. É simples. Tales Faria, colunista do UOL
O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h, com apresentação de Fabíola Cidral, e às 17h, com Diego Sarza. Aos sábados, o programa é exibido às 11h e 17h, e aos domingos, às 17h.
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Veja a íntegra do programa:
4 comentários
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Aldo Roberto Antunes
Esse presidente de Israel não tem pena nem dos reféns israelitas - ele usa a matemática (proporção de mortos israelitas será pequena em relação aos palestinos). Um ser cruel e desumano. Aparentemente, o interesse é de aproveitar o incidente para se apropriar de mais terras em Gaza e, para obter isso, destruíram todas as estruturas sem exceção, inclusive de moradias, para que quem não fugir da área morra. Israel não quer parar com a matança. Até Trump interessado em fazer política com a desgraça alheia - outro ser desprezível e desumano.
Helio Hissao Shinsato
O neo-n. local esperava que o amiguinho americano aumentasse o apoio ao plano expansionista dele, mas Tramp queria ficar livre para dedicar-se ao seu próprio plano... Lembram-se que PutIN não pôde ajudar o amigo ditaDOR da Síria a ficar no poder? Até as potências militares evitam ter 2 frentes de guerra ao mesmo tempo. É muito arriscado. Tramp agora sabe que não precisará enviar tropas para o Oriente Médio, então Canadá, Dinamarca / Groenlândia, Panamá etc. devem ficar ainda mais preocupados...