Argentina crê ser realista compromisso de neutralizar carbono até 2050
"É realista, precisa de determinação, precisa de atitudes enérgicas daqueles de nós que têm responsabilidades públicas, precisa também de toda a população, uma mudança de paradigma", afirmou Cabandié.
ARGENTINA ESTÁ DIANTE DE UM COMPROMISSO MAIOR.
No último sábado, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse na Cúpula da Ambição Climática que seu país assumirá um maior compromisso para combater a mudança crise.
A Cúpula da Ambição Climática 2020, organizada pelas Nações Unidas e por Reino Unido e França, convocou os países a reduzir suas emissões poluentes a zero até 2050, em prol de um desenvolvimento sustentável que crie empregos e salve o planeta.
Entre as novas metas propostas para 2030, a Argentina apresentou um plano que envolve a redução das emissões em 25,7% em comparação com o compromisso assumido pelo país em 2016.
"Hoje, a Argentina apresenta uma contribuição 25,7% mais ambiciosa que a anterior, e isso indica que teremos que cumprir a meta de não exceder 358,8 megatons de dióxido de carbono", salientou Cabandié.
PRESERVAR BACIAS FLORESTAIS DO FOGO É PRIORIDADE.
Para ele, uma parte da ação na qual a Argentina tem que contribuir é a "importante bacia de captura de carbono florestal". O país vizinho sofreu neste ano com vários incêndios ao redor do território nacional, com destaque para a província de Córdoba, e em áreas úmidas nas províncias de Santa Fé e Entre Ríos.
Cabandié disse que preservar as florestas e os pântanos os permitirá atingir seus objetivos. "Se somarmos a esse investimento em energia renovável e continuarmos trabalhando com base na transição energética ligada ao gás, em vez do petróleo, a Argentina poderá atingir a metar até 2050. Temos que começar agora", avisou.
"Ao mesmo tempo, seria interessante se os países desenvolvidos pudessem tomar uma posição muito firme sobre a redução dos gases de efeito estufa", completou.
O titular da pasta de Meio Ambiente argumentou que os países em desenvolvimento, como a própria Argentina, não podem adiar tal desenvolvimento.
"Os países desenvolvidos são os que produzem mais emissões de gases de efeito estufa, portanto são os que mais contribuem para o aquecimento global, prejudicando a todos nós", disse.
Ele considera ser "muito compreensível" que as jovens gerações não acreditem nas contínuas declarações políticas de intenções diante da mudança climática, porque elas vêm acontecendo há décadas.
"E veja o que está acontecendo nos Estados Unidos. Felizmente, a partir de 20 de janeiro, isto vai mudar significativamente", comentou, em referência ao fato de que os EUA ficaram fora do Acordo de Paris nos últimos quatro anos, o que corresponde ao governo de Donald Trump.
Segundo Cabandié, é sem dúvida vital que o país volte a aderir ao Acordo de Paris para o sucesso das metas climáticas, algo que já foi anunciado pelo presidente americano eleito, Joe Biden.
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