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Pesquisadores registram tubarões ameaçados de extinção em arquipélago de SP

Tubarões ameaçados são avistados em arquipélago a 35 km do litoral de SP  - Divulgação / Projeto Mar de Alcatrazes Tubarões ameaçados são avistados em arquipélago a 35 km do litoral de SP  - Divulgação / Projeto Mar de Alcatrazes
Tubarões ameaçados são avistados em arquipélago a 35 km do litoral de SP Imagem: Divulgação / Projeto Mar de Alcatrazes

Do UOL, em São Paulo

18/02/2024 04h00

Sete espécies de tubarões — sendo seis ameaçadas de extinção — foram registradas por pesquisadores no arquipélago de Alcatrazes, a cerca de 35 km do litoral norte de São Paulo, na altura da cidade de São Sebastião.

O que aconteceu

Os animais foram registrados por meio de um equipamento chamado Bruv. Usando sardinhas como isca, ele atrai os tubarões a 50 metros de profundidade e, submerso por uma hora, capta imagens, que são processadas em laboratórios da Unifesp.

O objetivo dos pesquisadores é medir o impacto da expansão da zona de proibição de pesca na região. Em 2016, ela chegou aos 675 km² com a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes — antes, era de 12 km². Quem administra essa unidade conservação federal é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O registro dos tubarões faz parte de pesquisa que monitora a vida marinha no arquipélago desde 2022. O estudo é conduzido por pesquisadores da Unifesp e Unesp, em projeto apoiado pela Petrobras.

Pesquisadores registram imagens de tubarões em arquipélago em SP Imagem: Divulgação / Projeto Mar de Alcatrazes

Desde 2022, foram feitas 150 operações em 38 pontos diferentes. Em 16 operações, foram registrados tubarões das espécies cação-bagre-da-cauda-branca; tubarão-mangona; tubarão-galhudo; tubarão-seda; cação-frango; tubarão-martelo-recortado, e tubarão-martelo-liso. Esses seis últimos são considerados ameaçados de extinção.

Nosso objetivo era estudar e investigar se existia algum efeito dessa proteção [a expansão da zona de proibição de pesca]. (...) As pessoas que mergulhavam desde 2014 não viam tubarões com tanta frequência como agora.
Fábio Motta, pesquisador do Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha (LabecMar) e professor da Unifesp


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