Há cem anos, no dia 12 de setembro, nascia em Guiné Bissau, Amílcar Cabral. Para relembrar seu legado, foi realizada em Lisboa, no dia 21 de agosto, a "Marxa Cabral", que reuniu centenas da pessoas e movimentos que relembraram as causas defendidas por ele e por outros revolucionários africanos que conduziram o processo de independência de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, na década de 1970, diante da resistência do poder português em respeitar a autonomia desses povos. Inspirada pelo pan-africanismo de Cabral, a Marxa reuniu pessoas de diferentes idades e nacionalidades, incluindo imigrantes africanos e seus descendentes nascidos em território português. Além de exposições, lançamentos e conferências para marcar esse centenário, os movimentos sociais portugueses, partidos políticos e organizações da luta contra o racismo, o fascismo e a xenofobia, também relembraram os 50 anos da Revolução dos Cravos, que derrubou a ditadura salazarista em Portugal e restabeleceu a democracia. |