Uma entrevista conjunta de Gabriel Galípolo e Roberto Campos Neto marcou nesta quinta-feira a troca de comando no Banco Central. Na contramão da retórica de Lula e do PT, Galípolo distanciou-se da tese segundo a qual o mercado financeiro é 100% feito de terroristas, sinalizou a manutenção da política de juros lunares e disse não enxergar na alta do dólar um ataque especulativo contra o real. Solidificou-se a percepção de que o novo BC é muito parecido com o velho. A única diferença notável é que, por enquanto, Lula dispensou Galípolo das caneladas que costumava desferir em Campos Neto. No domingo passado, ao receber alta da internação no Hospital Sírio-Libanês, Lula afirmou que "a única coisa errada nesse país é a taxa de juros, que está acima de 12%." |