Natália Portinari

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Reportagem

Justiça solta 'rei do lixo' e outros suspeitos de fraude em licitações

A Justiça Federal mandou soltar o empresário Marcos Moura, conhecido como "rei do lixo" na Bahia por controlar contratos na área de limpeza urbana com prefeituras, e outros presos na Operação Overclean, deflagrada na semana passada.

Foi solto também o vereador eleito Francisquinho Nascimento, de Campo Formoso (BA), primo do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), que arremessou uma bolsa com dinheiro vivo pela janela ao ser alvo da operação policial.

Moura é membro da executiva nacional do União Brasil desde junho deste ano, e filiado ao partido desde fevereiro. Ele é amigo próximo de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, e tinha contato frequente com os dirigentes do partido nos últimos meses.

Em decisão desta quinta-feira (19), a desembargadora Daniele Maranhão, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal), considerou que não havia justificativa para manter a prisão preventiva de Marcos Moura com base no risco de destruição de provas.

Ela manteve, em sua decisão, outras medidas cautelares que, segundo ela, já previnem esse risco, como a proibição de contato com os demais investigados e o monitoramento eletrônico (uso de tornozeleira).

Moura também está proibido de deixar o território nacional, de exercer cargos públicos e de acessar sistemas informatizados de suas empresas, cujas atividades estão sendo investigadas no inquérito.

Na semana passada, a PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Overclean, cumprindo 17 mandados de prisão, mandados de busca e apreensão e e bloqueios de R$ 162 milhões em bens. O grupo é suspeito de desvio de dinheiro, corrupção e fraude em licitações.

"Com a realização das diligências, os principais elementos probatórios já estão acautelados pela autoridade policial, e à disposição do Ministério Público Federal, de modo a diminuir consideravelmente o risco de eventual perda", escreveu a desembargadora Daniele Maranhão ao justificar a soltura dos presos.

Outros soltos por decisão do TRF-1 foram:

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  • Alex e Fábio Parente, donos da Allpha Pavimentações
  • Fábio Netto Espírito Santo, cunhado de Alex e Fábio Parente
  • Evandro Baldino do Nascimento, funcionário de uma das empresas investigadas

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