O decreto do governo federal que prevê o uso de armas de fogo apenas como último recurso é frágil, pois pode (e será) questionado pelos estados no supremo Tribunal Federal dada a competência estadual para definir a política de segurança pública. Dito isso, constata-se que, infelizmente, as mortes por policiais que atiram primeiro e só depois verificam quem era a pessoa não constrangem políticos. Pelo contrário: no Brasil, matar dá voto. Os governadores Cláudio Castro (RJ) e Ronaldo Caiado (GO) correram para as redes sociais para afirmar que a medida favorece o crime organizado. Reação política para antagonizar com a gestão Lula e, ao mesmo tempo, demagógica para excitar um naco da população com o discurso de que polícia competente é a que atira para matar sempre. |