Um fenômeno desafia a compreensão dos analistas. O avanço da economia da informação nos últimos 40 anos é brutal. Não é exagero dizer que supera, na inovação, na mudança de padrão e na velocidade da transformação, tudo o que a humanidade experimentou antes. E, no entanto, Brasil e mundo afora, estamos sendo ameaçados pelas trevas. Penso, por exemplo, no setor em que atuo. Há quatro décadas, a maior revolução da imprensa escrita ainda era Gutemberg, que morreu em... 1.406! De lá até a década de 90 do século passado, experimentamos variações em torno do mesmo tema. A radiodifusão, por sua vez, está mais perto do megafone ou do alto-falante da praça do que dos meios eletrônicos de veiculação de notícias — e de não notícias... Uma nota à margem: mudou, e esta é matéria para os que estudam o cérebro humano, o próprio modo de apreender o mundo e de organizar o pensamento. |